Existe um ponto na vida de qualquer empresa de sucesso que pode ser
considerado um autêntico “momento da verdade”. É um dilema: continuar crescendo
ou não?
Muitas empresas brasileiras ficam presas a esse dilema. Algumas crescem, perdem
a identidade e acabam desaparecendo. Outras enfrentam problemas sérios, típicos
do crescimento desordenado. Outras, ainda, passam por dificuldades financeiras.
E poucas resistem a tudo isso e se tornam gigantes, com faturamento de centenas
de milhões de reais por ano.
Mas existe um pequeno (mas forte) movimento contrário de empresas que querem
permanecer pequenas, de sócios e proprietários que não querem perder o controle,
a identidade e o equilíbrio. Principalmente, não querem perder a paixão e o
orgulho pelo que fazem. Entendem que empresas de qualquer tamanho podem ser
excelentes e querem mantê-las assim – pequenas e excelentes – sem perder o
espírito empreendedor.
Empresas com características empreendedoras são realmente diferentes das demais.
Mas quais são essas características? O especialista norte-americano Bo
Burlingham, editor da revista Inc. , e autor do livro Pequenos
Gigantes, aponta as características em comum das empresas que ele denominou
pequenas gigantes:
1. Ao contrário de muitos empreendedores, os fundadores das pequenas gigantes
entenderam todas as opções que tinham e escolheram claramente o caminho que
desejavam seguir.
2. Os líderes enfrentaram pressões imensas para mudar de curso. Essas empresas
poderiam ser maiores, talvez mais lucrativas, mas seus líderes decidiram focar
na sua missão – em ser os melhores, e não os maiores.
3. Essas empresas têm ligações extraordinariamente fortes com a comunidade
local.
4. Essas empresas cultivam fortes relações com clientes e fornecedores, com base
em contato pessoal, atendimento e respeito mútuo.
5. O ambiente de trabalho é excelente. Todos se conhecem, existe um forte
sentimento de "grupo", as pessoas realmente vestem a camisa e têm orgulho de
trabalhar ali.
6. A maior parte dessas empresas pratica o que se convencionou chamar de
administração aberta, na qual todos têm acesso aos números, relatórios
financeiros e de vendas, etc. Ao compartilhar informações com todos na empresa,
de qualquer nível hierárquico, ensinando a todos o que aqueles relatórios
significam e como cada um pode ajudar, assim a vida das pessoas muda para
sempre.