Para a japonesinha
(nome),
resisti muito tempo ao impulso de te falar algumas coisas, mas preciso te dizer
que esses teus olhinhos rasgados têm a nobreza de pérolas e que teus cabelos
escuros e escorridos me lembram a chegada do anoitecer, como se fossem a cortina
ideal para proteger os meus sonhos da interferência da luz.
Você é tão delicada e pequenina, tão linda que nem parece de verdade, e tão
quietinha e calma que eu receio falar contigo ou te tocar, mesmo com as pontas
dos dedos, com medo de ver-te partir feita uma bonequinha de cristal.
Minha fadinha do Oriente, acho que estou apaixonado por ti. Meu coração
tae-kwon a maior dor, só porque você insiste em não olhar pra mim. Às vezes,
esse teu jeito meio zen faz você parecer tão distante, que eu chego a ficar
quase zen esperanças de que um dia notes o meu intenso interesse por ti.
Minha princesa, meu solzinho nascente. Olha pra mim, perceba que eu existo,
fala comigo, senão eu vou ficar tão triste, mas tão triste que vou até o bairro
da Liberdade comprar uma garrafa de sakê e tomar um porre danado. Vou ficar mais
feio que um samurai expulso da corte e com o coração mais ardido que uma porção
assim grandona de Wassabi.
Não vais deixar que isso aconteça comigo, não é?
Aceite um beijo do teu,
(assinatura)