Ao solicitar a contratação de um estagiário com pouca ou nenhuma experiência,
ou ainda de um aprendiz, o líder deve estar preparado para ser demandado,
segundo alertam especialistas.
Isso porque, na opinião da gerente de Recursos Humanos da V2 Consulting,
Andrea Kuzuyama, estes novos profissionais chegam repletos de questionamentos e
novas ideias.
“O líder deve estar preparado para ser demandado, pois esses profissionais
não têm experiência de mercado e chegam cheio de questionamentos. Contudo, o
líder também deve estar aberto para ouvir, pois, geralmente, eles trazem novas
ideias”.
Consciência
O consultor de Recursos Humanos do Grupo Soma, Antenor Toledo, concorda e
acrescenta que líderes que trabalham com estagiários e aprendizes devem estar
conscientes das tarefas que podem ser delegadas para estes profissionais, não os
tratando como um profissional júnior, por exemplo.
Além disso, diz ele, quem pela primeira vez será responsável por estes
colaboradores deve trabalhar características como paciência e tolerância, pois,
a princípio, nem o estagiário nem o aprendiz darão o retorno obtido com os
outros funcionários.
“Ao receber um estagiário ou um aprendiz, o líder tem de entender que se
trata de uma pessoa em início de carreira, cujo foco é aprender. Portanto, ele
tem de estar disposto a ensinar”, observa o consultor.
Convívio
Para facilitar o convívio e a adaptação do novo funcionário, em especial do
aprendiz, Toledo sugere que o líder tenha uma linguagem menos formal, mais
próxima à do novo membro da equipe.
Procurar se atualizar com os assuntos de interesse daquela faixa etária, diz
ele, também facilita o convívio nas primeiras semanas.
Tarefas
No mais, ao contratar um estagiário ou um aprendiz, o líder deve ter
claro o que espera daquele profissional.
No primeiro caso, por exemplo, é importante delegar tarefas relacionadas à
faculdade ou curso técnico que a pessoa está estudando. Outra questão que deve
estar clara é que o estagiário não deve ser contratado quando é necessário
colocar tarefas em dia, mas sim, quando há a intenção de formar um profissional,
que está sem vícios de outros lugares, em uma determinada área.
Já o aprendiz pode ter uma atuação mais ampla dentro da empresa, exercendo
tarefas mais básicas e rotineiras ligadas à administração da companhia.
Por fim, dizem os especialistas, nos dois casos, o líder deve ter claro que
tanto o aprendiz como o estagiário estão ali para auxiliar e não para serem
responsáveis pelos processos.