Em algumas áreas como Publicidade, Artes Plásticas, Design Gráfico, Moda,
Fotografia, Comunicação Visual, Arquitetura, entre outras, ter um portfólio
atrativo pode ser a porta de entrada para o mercado de trabalho.
O diretor-geral de Ensino da Escola Panamericana de Artes, Massimo Picchi,
explica que o importante é que o profissional faça um portfólio criativo e
diferente do dos concorrentes. “Se o portfólio for igual ao dos outros, a
desvalorização do trabalho é quase certa”, diz.
Como montar?
Segundo a coordenadora do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM (Escola Superior
de Propaganda e Marketing), Célia Marcondes Ferraz, o profissional pode montar
seu portfólio seguindo ordem cronológica ou de relevância.
“Para profissionais mais inexperientes, é indicado seguir a ordem
cronológica, assim é possível avaliar o progresso da pessoa. Profissionais mais
maduros podem montar pela importância do projeto”, explica.
Já para os estudantes é possível montar o portfólio com trabalhos realizados
na faculdade ou em cursos. A indicação também é seguir uma ordem cronológica.
Caso o trabalho tenha sido feito em grupo, é importante citar isso.
Quantidade de peças
Sobre a quantidade de projetos a apresentar no portfólio, Célia afirma que, para
avaliação do empregador, ela deve ser de no máximo dez. A coordenadora declara
que é necessário lembrar que o avaliador está trabalhando, por isso não pode
gastar muito tempo na análise do portfólio.
Em relação à quantidade de peças relacionadas a um único trabalho, Picchi
acrescenta ainda que o número deve ser necessário para avaliação completa por
parte do selecionador.
Descrição dos trabalhos
Em cada trabalho, é indicado que o profissional faça uma breve descrição de, no
máximo, três linhas. Se for uma peça publicitária, deve conter informações como
nome do cliente, do projeto e ano em que foi publicado.
Nos portfólios dos estudantes, é necessário incluir a disciplina para a qual
foi realizado aquele trabalho e a nota.
Célia explica que o profissional também deve ter atenção com a capa, já que é
a parte mais notória do portfólio. Ela aconselha que o profissional exponha seu
principal trabalho, ou faça uma montagem de alguns trabalhos.
Digital ou impresso?
Em relação ao portfólio ser digital ou impresso, a coordenadora afirma que
depende da finalidade para o qual será avaliado. Para uma entrevista de emprego,
o ideal é que seja impresso, assim é garantido que selecionador analisará o
portfólio naquele momento.
“Se estiver na internet, DVD ou em CD, existe um trabalho a mais para o
empregador, por isso muitas vezes ele pode deixar para depois”, finaliza Célia.