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Carreira / Emprego - Como tratar situações-problema? 

Data: 03/03/2010

 
 

Em condições normais do dia a dia, quase todos nós podemos nos comportar racionalmente. Pelo menos em nível do que se pode chamar “racional”, pois os motivos emocionais estão sempre presentes em nossas ações.

É difícil compreender o ser humano dissociando razão e emoção como variáveis independentes do comportamento.

Quando somos atingidos por situações desagradáveis, podemos retroceder até ao animal instintivo que existe em cada um de nós.

Nossa primitividade, oriunda dos tempos imemoriais das cavernas, leva-nos a duas atitudes importantes de reagir em face de uma crise: fugir ou lutar.

Na reação de fuga, corremos ou fazemo-nos de “mortos”, ou seja, indiferentes ou desinteressados, sem sentimentos.

Neste caso, as pessoas tendem a experimentar um sentimento de culpa, quase masoquista, submetem-se à situação, curvam-se e aguardam inermes outros golpes que as farão, ao final, prostrarem-se.

O que acontece não se constitui em nenhuma surpresa. Já era aguardado, mesmo que inconscientemente, há algum tempo como conseqüência inescapável das circunstâncias.

Defender-se, fazer algo para superar a crise, livrar-se de condições limitantes, parece-lhes uma atitude de luta inglória, sem qualquer chance, contra o destino implacável.

Assumir o papel de herói-sofredor, vítima das circunstâncias, passa a ser a única alternativa de comportamento viável, já que as pessoas se sentem absolutamente tolhidas, manietadas, pelo círculo de ferro que as impede de lutar e de reagir diante de situações tão claramente adversas.

O outro tipo de reação vem freqüentemente ligado a um sentimento de amargura: “por que tinha de acontecer logo comigo?”

O “lutador” age com raiva, como se contaminado por hidrofobia. Desfere golpes e contragolpes indistintamente, contra tudo e contra todos, procurando vingar-se do que lhe aconteceu.

É evidente que os mais próximos são sempre a suas vítimas mais óbvias, exatamente aquelas pessoas que mais lhe querem bem e as que mais amam são as que recebem os mais duros golpes.

No mundo das organizações os colaboradores, nesses casos, comumente “pagam o pato”.

Assim, ser persuasivo, não praticar injustiças ou responsabilizar indevidamente os subordinados pode ser uma competência essencial para que o gerente faça avançar novas idéias, desenvolver novos programas, motivar colaboradores para um desempenho superior, evitar atitudes de conformismo com o status quo, submissão ao lugar comum e à rotina.

Tratar situações-problema requer atitude de serenidade do gerente diante da crise. Saber administrar tais circunstâncias não é um dom divino em que apenas alguns são agraciados. Essa é uma competência que pode ser aprendida, uma habilidade que qualquer gerente pode adquirir e desenvolver.

Dada a extensão e a replicabilidade a outros contextos problemáticos, sugerimos os direcionamentos comportamentais, inclusive com passos básicos, aplicados a três situações distintas, mais entrelaçadas: a) comunicação ao colaborador dos resultados de desempenho; b) colaborador de desempenho satisfatório; c) colaborador de desempenho insatisfatório.



 
Referência: Administradores.com.br
Autor: Wagner Siqueira
Aprenda mais !!!
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