Os fundos imobiliários com cotas negociadas na bolsa
são muito semelhantes aos Fundos ETF. Mas vou comentar um
aspecto dos primeiros relativo à rentabilidade.
Nestes fundos, normalmente, os cotistas recebem um fluxo de pagamentos dos
imóveis a eles associados. É mais ou menos assim: o dinheiro do fundo compra um
imóvel. Depois, este imóvel é alugado e o dinheiro dividido entre os cotistas.
Cada um recebe proporcionalmente ao que investiu na compra.
Como o fluxo de pagamentos é o aluguel, a renda é mais ou menos fixa pelo
período de vigência do contrato.
Vamos voltar agora às cotas. A cota do fundo é como se fosse um pedaço do
imóvel. Elas são negociadas na bolsa e, se a procura aumenta, o preço da cota
negociada sobe. Se o imóvel aumenta de valor e os investidores procuram as cotas
e, novamente, o preço da cota sobe (quem tem não quer vender e quem procura
oferece mais um pouquinho de dinheiro para levar a cota).
Ora, como a remuneração do aluguel é fixa durante a vigência do contrato, o
que acontece é que o aumento no valor da cota diminui o retorno, em termos
percentuais. Se o fundo rendia, por exemplo, 0,5% do dinheiro investido ao mês e
a cota subir de preço, este percentual diminui. Por outro lado, você ganha com a
valorização da sua cota.
Nesse momento, o que você precisa verificar é se a taxa de retorno total do
investimento não pode ser maior em outra opção. Como a cota subiu de valor, você
pode, simplesmente vendê-la e, com o dinheiro levantado, investir em uma
modalidade que garanta maior rentabilidade.
Portanto, fique atento sobre o funcionamento dos seus investimentos.