CALCULOSE DE VIAS URINÁRIAS
Um dos problemas mais comuns na Urologia é a conhecida “pedra” no rim. O nome
correto é cálculo que pode localizar-se nos rins, ureteres (canais que ligam os
rins à bexiga) e bexiga.
São formados a partir de uma matriz orgânica e um material cristalino – cristais
(cálcio, ácido úrico, amônia, magnésio) que vão se agregando com o passar do
tempo. Os cálculos menores podem percorrer as vias urinárias excretoras e ser
eliminados com a urina, sem causar sintomas.
Mas, os sintomas não estão diretamente relacionados com o tamanho do cálculo.
Não é o cálculo maior que dá maior dor, mas depende de como ele é formado. Em
geral são cheios de espículas que ao se deslocarem machucam os tecidos por onde
passam, levando a dores intensas com ou sem sangramento na urina.
SINTOMAS : 1. Dor em cólica ou dor inespecífica que é mais comum nas
crianças, 2. Hematúria (sangue na urina visível ou não),3. Náuseas e vômitos
(provocados pela dor) e 4. Disúria (dor para urinar) freqüenta quando há
infecção urinária associada ou o cálculo já esteja na bexiga.
COMPLICAÇÕES : Uma complicação importante que pode ocorrer com os
pacientes com litíase (calculose) é a Obstrução das Vias urinárias com
hidronefrose(dilatação) das mesmas podendo chegar até à destruição do rim.
DIAGNÓSTICO : Baseia-se principalmente no Raio X simples e no Ultra-som das
Vias Urinárias. Muito usada atualmente é a Tomografia Computadorizada Helicoidal
sem contraste para o diagnóstico dos cálculos ureterais que são, pelos outros
métodos de difícil visualização, principalmente se forem cálculos que não
aparecem no RX.
Não é uma doença específica do adulto; por isso, com o uso da Ultra-sonografia
Abdominal , as crianças que até há pouco tempo vinham sofrendo com dores
abdominais, que eram rotuladas como devidas a Verminose, tiveram o diagnóstico
de Urolitíase (calculose dos rins) facilmente realizado. A importância desse
esclarecimento é saber-se que não foi o número de crianças com cálculos de vias
urinárias que aumentou nos dias de hoje e sim que o diagnóstico agora está sendo
feito.
TRATAMENTO : 1. Tratamento Clínico : muitos preconizam o tratamento
sintomático com conduta expectante, esperando que o cálculo seja expelido por
si. Nesse caso é usada medicação sintomática no sentido de minimizar as dores e
os vômitos. Não concordamos muito com esse ponto, pois só quem já teve Cólica
Renal sabe como é difícil passar por isso.
2. LITOTRIPSIA EXTRACORPÒREA (LECO) : O procedimento mais preconizado
atualmente para o tratamento da urolitíase, tanto para adultos como para
crianças, é a litotripsia extracorpórea que fragmenta o cálculo para que seus
pedaços menores sejam eliminados facilmente com a urina. È o que se denomina
implosão dos cálculos, que é feita por ondas de choque com RX ou Ultra-som, que
atingem o cálculo pulverizando-o ou deixando-o em fragmentos menores.
A LECO é um procedimento não invasivo que evita uma cirurgia aberta. Somos
adeptos ao uso de uma sedação profunda do paciente durante o tratamento para que
este seja mais efetivo e sem dor.
Hoje, procuramos fazer um estudo do Perfil Metabólico para Calculose de Vias
Urinárias em todos os pacientes, quando, através da análise de vários
componentes da urina e do sangue, podemos estudar qual é o erro do organismo que
leva à produção recidivante de cálculos.
CIRURGIA: Os pacientes com cálculos maiores de 2 a 3 cm e aqueles cujo
resultado não foi o esperado na LECO devem ser submetidos à cirurgia .
EVOLUÇÃO : Mesmo após a fragmentação e eliminação total dos cálculos, é
imperioso que o paciente faça controle periódico a cada 6 meses, com Ultra-som
ou Raio X e exame de urina, para verificar-se a presença, a localização e o
tamanho dos cálculos.
SIGA SEMPRE A ORIENTAÇÃO DE UM UROLOGISTA