Em qualquer tratamento de uma doença, individualizado e prolongado, é preciso
desenvolver um ambiente de confiança e honestidade entre o médico e o paciente,
a partir de um diálogo franco e aberto. É preciso obter todas as informações
sobre o Lupus e os recursos da medicina atual para tratar e controlar suas
manifestações.
Não há um remédio para o Lupus que funcione da mesma forma como um antibiótico
funciona para acabar com uma infecção. O tratamento do LES engloba uma série de
medidas, entre medicamentos e normas para que se viva bem.
Sol
Os pacientes com fotossensibilidade ou manchas, devem evitar a exposição ao sol,
fazendo sempre o uso de filtros solares.
Dieta
Sabe-se que, quando os pacientes usam corticosteróides, a retenção de água no
organismo acontece provocando inchaços, devendo-se então diminuir o sal na dieta
normal. Quando o peso está acima do normal, deve-se reduzir calorias.
Há estudos sobre a eficácia de óleo de peixe na redução de inflamação. Além
disso, cientistas suspeitam que o aminoácido l-canavanina presente na alfafa,
provoca sintomas de Lupus, o que foi comprovado em pesquisas com macacos.
Deve-se então evitá-la.
Drogas, Álcool e Fumo
Sulfas, anticoncepcionais orais e penicilinas podem disparar a doença e devem
ser evitados. O álcool e o fumo são prejudiciais a qualquer pessoa, mas no caso
de LES deve-se principalmente evitar a interação do álcool com sedativos e
antialérgicos, e do fumo no caso de acometimento pulmonar.
Exercícios e Repouso
As articulações tem estruturas que devem ser bem cuidadas. Quando inflamadas
precisam de períodos de repouso intercalados com os de atividade, evitando-se
lesões. Também deve-se dar atenção à postura e posições de trabalho e lazer. Por
isso, exercícios regulares podem ajudar a prevenir fraqueza muscular e fadiga.
Medicamentos
Não existem programas de tratamento iguais para todos os pacientes. Considera-se
o grau de evolução da doença bem como as queixas de cada paciente. Muitas vezes
são utilizados vários remédios ao mesmo tempo para controlar os sintomas.
Corticosteróides - são hormônios sintéticos, cópia do hormônio cortisona
produzido pela glândula supra-renal, extremamente potentes contra a inflamação.
Mas apresentam efeitos colaterais em dosagens altas como ganho de peso,
"inchaço", espinhas, pressão alta, catarata, devendo então ser usados com
precaução e unicamente através de indicação médica. Os mais comuns são:
prednisona, prednisolona, hidrocortisona, entre outros.
Antiinflamatórios não-esteróides - alguns sintomas como fadiga, febre e artrite
podem ser tratados eficientemente com não-esteróides. Não apresentam os efeitos
colaterais dos esteróides, mas registra-se a intolerância do estômago. O mais
antigo é a aspirina.
Antimaláricos - são muito úteis para o controle da artrite e problemas de pele,
usados também contra a malária. O maior problema com o seu uso se refere à
visão, devendo-se estar atento à acuidade visual, o que sugere exames de
controle junto ao oftalmologista. Os antimaláricos usados são cloroquina e
hidroxicloroquina.
Imunossupressores - são usados para diminuir a ação do sistema imune, existindo
controvérsias sobre o seu uso em função de grandes efeitos colaterais. É preciso
avaliar muito seriamente os benefícios e riscos associados a este tratamento.