Carreira / Emprego - De galho em galho: disfarçar, ou não, o pouco tempo que trabalhou nas empresas?
O mercado não enxerga com bons olhos quem fica pouco tempo nas empresas em
que trabalha. "Pular de galho em galho", como é denominada a prática, denota
instabilidade e falta de compromisso com a organização. Por isso, quem tem um
currículo repleto de empresas, mas com pouco tempo de atuação em cada uma delas,
deve contornar a situação!
De que maneira? De acordo com a consultora de RH (Recursos Humanos) da Catho
Online, Gláucia Santos, é importante disfarçar. "Coloque, ao invés de mês e ano
de atuação na empresa, apenas os anos em que entrou e saiu, como 2006/2007,
2007/2008 e 2008 em diante, que é a forma mais viável de omitir o curto tempo".
Agora, se o profissional passou por diversas experiências, lembre-se sempre de
que é importante colocar apenas as relevantes para ocupar a vaga que deseja.
Chances de contato
Segundo explicou Gláucia, o ato de disfarçar o pouco tempo que trabalhou nas
empresas não é agir de má-fé. "A pessoa não pode mentir na informação, mas, no
currículo, você tem que evitar pré-conceitos, que podem fazer com que você não
seja contatado pelo selecionador", explicou a consultora de RH.
Justificativas
Para quem trabalha como freelancer ou com projetos, é justificável o pouco tempo
dentro de uma empresa. Isso porque a pessoa prestou o serviço, ganhou por ele,
mas depois de acabado, corta relações com a companhia. Normalmente, o contrato
de trabalho já prevê isto. Em contraposição, qualquer outro motivo para ficar
pouco tempo nas empresas não é bem aceito.
"Porque a justificativa da pessoa para o pouco tempo normalmente está ligada a
fatores que ela poderia ter analisado antes da contratação, como não gostar do
horário de trabalho ou da localização da empresa", disse Gláucia, que ainda
afirmou que outros motivos apontados, como a não adaptação ao ambiente de
trabalho, também têm conotação negativa.
Exatamente por isso é que, quando o pouco tempo não puder ser disfarçado, a
pessoa deve, se questionada pelo selecionador, explicar rapidamente a situação e
logo ressaltar o interesse em trabalhar na empresa. "Porque o receio da empresa
é de que a pessoa vai entrar e sair"
Empregos passageiros
Conforme explicou Gláucia, o principal ponto negativo de ficar pouco tempo nas
empresas é mostrar falta de comprometimento. "A pessoa só pensa no crescimento
próprio". Por isso, não consegue realizar os projetos da companhia e não se
desenvolve.
Questionada sobre o que é um curto prazo nas empresas, a consultora afirmou ser
de seis meses. Um médio prazo é a partir de dois, três anos, quando a pessoa
teve a possibilidade de desenvolver e sugerir propostas. O longo prazo é aquele
acima de oito anos, que, para não ter uma visão negativa do mercado, deve ser
regado de promoções.
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