Flebite é todo tipo de inflamação da parede das veias, que permite a
aderência de plaquetas. O sistema venoso profundo pode ser acometido da doença,
mas, frequentemente, ocorre no chamado superficial.
As causas mais freqüentes são injeções intravenosas de medicamentos, sejam
terapêuticas ou inadvertidas (como fazem usuários de drogas).
A doença é dividida em quatro tipos:
• Mecânica, que é causada por irregularidades com seringas durante injeções;
• Química, que ocorre por medicações irritantes ou diluídas de maneira errada,
infusão muito rápida e partículas na solução injetada;
• Bacteriana, originada por falta de higiene;
• Pós-infusão.
Se não for tratada corretamente, pode evoluir para uma inflamação chamada
tromboflebite. O trombo (coágulo sanguíneo), pode, ainda, se estender para o
sistema profundo, migrar para o pulmão e, até mesmo, provocar embolia pulmonar.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da flebite são classificados em quatro graus. No primeiro, a pele
fica avermelhada no local de aplicações, podendo ou não haver dor. O grau 2
ocorre com dor no local da inserção, avermelhamento da pele e/ou acúmulo de
líquidos (edema). No terceiro, além dos sintomas anteriores, percebe-se um
endurecimento da veia. Por último, o canal venoso fica endurecido, com mais de
uma polegada (2,75cm) em comprimento.
A situação é mais grave quando a flebite atinge o sistema venoso profundo. O
paciente passa a sentir uma sensação de peso nas pernas e dor ao caminhar, além
de edema, aumento da temperatura da pele no membro atingido e coloração
avermelhada.
O diagnóstico, normalmente, é feito pelo médico por meio de uma avaliação
física. Mas, em alguns casos, podem ser necessários exames complementares.
Tratamento e prevenção
Para prevenir a flebite é importante tomar alguns cuidados no momento de fazer
aplicações e com o conteúdo injetado. É essencial sempre lavar as mãos, preparar
bem a pele no local que vai receber a inserção e sempre renovar os dispositivos
anti-sépticos. Quanto à solução, é bom observar a temperatura, a periodicidade
em que é aplicada e o controle da quantidade que é injetada a cada vez.
O tratamento é mais simples quando a flebite não está em estágio avançado. Nesta
situação, a recuperação é freqüente utilizando-se de repouso com pernas e braços
elevados, compressas mornas e úmidas nos locais atingidos, uso de
antiinflamatórios, analgésicos, além de meias elásticas, adequadas a cada caso.
Em algumas situações, no entanto, podem ser necessários anticoagulantes, sejam
venosos, subcutâneos ou orais. A definição do método e o tempo de uso variam
para cada caso.