Era tarde de domingo e meu pai queria dormir, mas eu o chamava para ir comigo
ao quintal. Ele já sabia o que era. Amarrado nos galhos de uma mangueira lá
estava o meu balanço. Duas cordas sustentavam uma madeira na qual eu me
assentava e confiante pedia que meu pai me balançasse o mais alto que pudesse.
Eu confiava nele. Eu sabia que ele não me prejudicaria. Eu sabia que à hora que
o balanço retornasse da sua subida lá estaria o meu pai para segurar a mim e ao
balanço ou garantir mais um arranque. A minha segurança era sentida pela
presença do meu pai. Meu pai era um líder.
As empresas atuais sofrem de um mal chamado “desvalorização do
balanço”. Mas o que significa esse “balanço”? As constantes mudanças que fazem
parte do “status quo” do mercado no qual vivemos e das empresas nas quais
trabalhamos tem deixado um vazio no interior da maioria das pessoas: um
sentimento de insegurança e de salve-se quem puder. “Cada um por si e Deus por
todos” é um dos provérbios mais ouvidos.
É como se as pessoas fossem empurradas no balanço dos negócios para o mais alto
possível e não houvesse nenhuma garantia de um retorno seguro. Não existe uma
liderança que as espere, que as acompanhe, que as ouça, que as impulsione de
novo com segurança, fazendo-as sentir que “vai firme que eu estou aqui para o
que der e vier”: “estou acompanhando você. Estou acompanhando seus “vôos”. Estou
acompanhando sua subida, e seu retorno, seu crescimento e suas vitórias, suas
alegrias e até os medos, que você sente de vez em quando. Pode contar comigo!”
Este tipo de iniciativa é que distingue um líder verdadeiro de
um “pau mandado”. Líder é aquela pessoa – homem ou mulher – que tem um forte
sentimento de humanidade, que se preocupa em prestar um serviço ao outro,
suprindo uma necessidade ou limpando o caminho para que a outra pessoa
desenvolva mais e melhor a si própria e a seu trabalho. Líder é aquela pessoa
que faz acompanhamento do liderado, que empurra o balanço, mas que está lá para
quando o balanço volta, sem esquecer que também não deixou de olhar a subida do
balanço.
O líder sabe em que direção empurrar o balanço e com que força. Se o líder exige
comprometimento de quem está no balanço, ele é o primeiro a dar o exemplo de
comprometimento: está lá fazendo a sua parte, acompanhando o desenvolvimento e
crescimento dos seus liderados,
corrigindo-os, em seus comportamentos negativos ou infelizes, em suas atitudes
indevidas, dando-lhes mais e maiores motivos para “chegar lá”, ensinando como ou
entusiasmando-os a descobrir maneiras melhores e mais novas., fazendo as
perguntas certas em vez de dar respostas prontas e antigas. Jesus Cristo chamava
isto de “amar o próximo”, um grande negócio, senão o segundo maior. “Pessoas que
não amam e não se deixam ser amadas podem ter o desempenho profissional
prejudicado por falta de felicidade” é o que diz a CEO da DQS do Brasil e da
América do Sul, a líder feminina Dezée Mineiro.
Hoje eu quero convidar você, líder, que está lendo este artigo
a voltar a se balançar e a balançar outros no grande balanço da vida
profissional, que está inserida dentro da nossa vida do dia a dia. Não importa a
sua posição na pirâmide corporativa, seja você presidente, diretor, gerente,
profissional de vendas, de atendimento ou de limpeza. Você é importante no
grande contexto do mundo corporativo. Você é alguém que merece ser feliz porque
o Criador lhe deu todas as ferramentas que você possa precisar para garantir seu
sucesso e felicidade, como pessoa e como profissional. E mesmo que não tenha
toda essa consciência, inconscientemente você também - como todos os outros -
espera que haja alguém de confiança que empurre o seu balanço bem alto e lhe dê
feedback sobre suas ações em direção ao alvo.
Comece hoje mesmo a fazer para o outro aquilo que você gostaria que fizessem ou
tivessem feito com você. O mercado é carente de dois tipos de pessoas:
profissionais que querem levar o seu próprio balanço ao mais alto possível,
seguros, comprometidos e confiantes do que estão fazendo e aqueles que sabem
manter felizes quem está no balanço se balançando, porque lhes dá Motivos,
compartilha com eles Entusiasmo, tem o mesmo foco e Visão, e sabem do valor da
Disciplina para conseguir o que se quer.
Desenvolvimento e Lucros? Não é preocupação: sabendo balançar o “balanço”,
levá-lo ao alto e garantir o retorno o desenvolvimento de pessoas, de serviços e
de estratégias lucrativas virão correndo ao seu encontro. Faça as primeiras cem
perguntas que as respostas que você precisa também virão a seu encontro.