Carreira / Emprego - O cansaço não passa? Saiba que pode ser uma síndrome associada ao trabalho
Baixa produtividade, dificuldade em memorizar o que os colegas falam ou os
serviços que precisam ser feitos, falta de concentração, irritabilidade e
sonolência. Esses são alguns dos sintomas da Síndrome do Cansaço Crônico, que
atinge mais as mulheres.
De acordo com o médico e presidente da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade
de Vida), Alberto Ogata, o cansaço é uma queixa muito comum dos profissionais,
mas nem sempre é sinal da síndrome. "Antes de atribuir a falta de disposição ao
excesso de trabalho, é preciso fazer uma avaliação médica. Muitas vezes, o
cansaço pode ser um dos sintomas de doenças crônicas, como problemas pulmonares
e cardíacos, entre outros".
Descartada a possibilidade de doenças crônicas, a falta de disposição contínua
pode ser a síndrome.
Trabalho
A Síndrome do Cansaço Crônico ou da Fadiga, em geral, pode estar associada ao
trabalho e ao estresse. "O fato de o profissional não estar feliz com as suas
atividades ou estar sobrecarregado de serviços são fatores que predispõem esse
quadro", ressalta Ogata.
Além disso, o médico alerta que as pessoas ansiosas, depressivas e que têm um
estilo de vida inadequado, ou seja, não praticam esportes, possuem uma
alimentação desequilibrada e usam frequentemente estimulantes (café, bebidas
alcoólicas) também estão mais propensas a desenvolver a doença.
Sintomas
Entre os sintomas da síndrome da fadiga, estão:
- Dor de cabeça;
- Acordar cansado;
- Dores musculares;
- Dor nas articulações;
Vale ressaltar que a síndrome da fadiga só acontece quando os sintomas se tornam
frequentes e persistem por muito tempo.
O médico afirma ainda que não há um remédio para a síndrome, mas que algumas
atitudes podem aliviar o problema. "Procure praticar exercícios físicos, ter uma
alimentação equilibrada, evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e
cafés e, se preciso, procure um psicólogo para lhe auxiliar emocionalmente".
O papel da empresa
A empresa também pode auxiliar os seus funcionários para evitar ou amenizar a
síndrome da fadiga. O departamento de Recursos Humanos, por exemplo, pode
fornecer informações para toda a equipe da companhia sobre a doença, estimular
um estilo de vida saudável, abordar a questão do tabagismo e da importância das
férias.
"Não adianta uma empresa disponibilizar uma área de descanso, se ela encher os
seus colaboradores de tarefas. É preciso haver um equilíbrio de demanda entre os
funcionários", conclui Ogata.
Referência:
InfoMoney
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Autor:
Luana Cristina de Lima Magalhães
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