Imóveis - De casa nova: veja dicas para reformar o imóvel com economia
Na hora de reformar a casa, a dúvida é sempre a mesma: quanto realmente gastarei
com o material? E a resposta é: depende! Afinal, quanto mais detalhada for a
obra, mais elevados serão os gastos com materiais específicos, por exemplo.
O primeiro passo é a pesquisa de preços. Mas, além dela, o consumidor deve estar
atento à quantidade certa de cada produto. Ao planejar, ele evita o desperdício,
a correria até uma loja ou até a falta permanente do item (por estar esgotado,
fora de linha ou ser diferente do original).
Esse é o caso de azulejos, pisos e tintas, que não são semelhantes quando
comprados em momentos ou em locais diferentes. Isso porque, a cada mistura ou
fornada, as tonalidades ficam diferentes e alteram o resultado final do cômodo
reformado.
Quantidade extra
Especialistas indicam uma margem média de segurança de 10% ao fazer compras para
a reforma, uma quantia que fará o material sobrar para garantir a continuidade
da obra e para eventuais reparos. Porém, lembre-se de que cada elemento tem uma
taxa própria de desperdício e variantes:
- Azulejos - devem ser comprados e calculados sobre a área real
(sem portas e janelas), considerando que, se a composição não for lisa, é
bom levar para casa uma sobra maior.
Recomenda-se ainda um estoque em casa, para o caso de reparos futuros, em
grande parte por problemas hidráulicos. Sem a reserva, será difícil
encontrar a mesma peça, pois elas saem de linha rapidamente.
- Pisos - na escolha do piso, tenha em mente que, quanto maior a
peça, maior a perda, pois o material é cortado para seguir os desvios do
chão, como uma linha diagonal.
Também é aconselhável um estoque de pelo menos uma caixa, para manutenção
futura. O rodapé, por sua vez, se feito do mesmo material, terá de ser
calculado à parte.
- Cimento - ele possui uma vida útil curta, pois o pó começa a
empedrar em cerca de 15 dias. Por isso, a dica é comprar os sacos a cada
duas semanas e não armazenar, para não perder material.
- Tinta - o rendimento de uma lata de tinta varia bastante entre as
marcas, porosidade da parede e o tipo de tinta (PVA, acrílica, elástica,
epóxi etc).
O fabricante costuma informar quantas demãos em média são necessárias para
cobrir uma superfície, mas uma fórmula padrão é a seguinte: o consumo dos
galões é igual a multiplicação da metragem pelo número de demãos, dividido
pelo rendimento informado pelo fabricante.
No caso de cores feitas em misturadores, deve-se somar ao resultado do
cálculo mais 10%, para evitar que o produto acabe antes do serviço ser
finalizado.
Pinte você mesmo
No Brasil, uma maneira de economizar para reformar a casa é o popular
faça-você-mesmo ou bricolagem - termo que diz respeito às atividades feitas em
benefício próprio, sem que seja necessária a contratação de um profissional.
No entanto, é preciso cuidado para o barato não sair caro. "Muita gente, quando
quer fazer uma mudança em casa, pensa logo em pintar, por ser uma opção
relativamente barata, com grande efeito e bem simples de ser feita. Mas é
preciso que o leigo que quer fazer o serviço sozinho tome alguns cuidados
básicos, porque, se o trabalho não for bem conduzido e tiver que ser refeito, a
economia vai embora", explica o gerente de produtos da loja Tintas São Caetano,
Artur Bottura.
Para ele, evitar o retrabalho é a melhor forma de economizar. "E como se faz
isso? Usando produtos de boa qualidade, sabendo escolher qual o pincel, o rolo,
a tinta mais adequada para cada superfície e prestando atenção nas instruções de
uso do produto", ensina.
Dicas práticas
- Muitas pessoas ou diluem demais a tinta ou resolvem aplicá-la sem
diluir. As duas coisas estão erradas. O correto é seguir as orientações de
preparo descritas na lata. Aplicar a tinta sem diluir fará com que ela fique
muito grossa e rache em pouco tempo;
- Pintar um ambiente na ordem correta economizará tempo e dinheiro. Comece
pelo teto, paredes, portas, janelas e finalmente pinte o rodapé;
- Se sobrou tinta, não precisa jogá-la fora. Tampe bem, de forma que não
entre ar, em um lugar sem umidade ou calor excessivos, sempre em posição
vertical e em lugares sem muita movimentação;
- Calcular quanto será gasto de tinta é uma das maiores dificuldades de
quem dispensa o pintor profissional. A maioria dos sites de marcas de tintas
possuem calculadoras que fazem esse cálculo; vale a pena utilizá-las;
- Muitas lojas possuem simuladores de ambiente que permitem fazer testes
sem gastar dinheiro e evitam arrependimento em relação à cor usada.
Experimente!
Na mão de quem entende
Se você não entende nada de reforma da casa e não quer arriscar gastar mais do
que seu bolso permite, o melhor é contratar um profissional. Porém, para que o
sonho da reforma não vire um pesadelo, fique atento à contratação.
O primeiro passo é escolher alguém habilitado, com curso técnico ou
especialização. Se optar pelo "faz tudo" do bairro, saiba que essa mão-de-obra
mais barata pode não ser a mais confiável, ocasionando mais gastos para refazer
o serviço e para a compra de mais materiais.
Não seja enganado
Antes de realizar a obra, faça o orçamento com cada profissional que você
conhece. Mas não escolha o mais barato. Muitas vezes, vale pagar mais para não
ter tantas dores de cabeça. Para não ser enganado, veja algumas dicas da Pro
Teste - Associação de Consumidores:
- Exija o uso de boa técnica (segurança, limpeza, cumprimento de prazos);
- Solicite informações claras e corretas dos serviços e execução da obra;
- Se não concordar, recuse as mudanças nas obras;
- Se o material tiver problemas, procure a loja e o fabricante em até 90
dias depois da compra.
Assine contrato
Para o profissional não sumir, assine um contrato com o autônomo. Veja-o como um
prestador de serviços e, se a obra não for adequada, reclame nas associações de
defesa do consumidor ou até mesmo na Justiça.
Mas o contrato não deve ser feito de qualquer maneira ou então não terá
validade. Existe um modelo no site da Pro Teste (www.proteste.org.br) que pode
ser seguido.
Referência:
Infomoney
|
Autor:
Equipe InfoMoney
|
|