"Aristóteles guiou Alexandre, o Grande, que aprendeu novas formas de enxergar
a vida e estabeleceu mudanças de comportamento que o permitiram alcançar as
glórias eternizadas pela História. Nos Estados Unidos, batizou-se a pessoa que
atua de forma semelhante à de Aristóteles de coach", explica o coach executivo e
de equipes Carlos Cruz, diretor da UP Treinamentos & Consultoria.
Segundo ele, o coaching já é considerado uma prática consolidada, e não mais um
modismo. "No ano passado, acompanhei alguns estudos da revista Fortune, que
revelaram investimentos somados em US$ 8 bilhões nas práticas de coaching
durante 2007. Para quem acha o valor alto, vale ressaltar o retorno obtido pelas
empresas: 529% do montante investido".
O papel do coach
O coach formula perguntas e estimula as pessoas a encontrarem as respostas por
conta própria. Ou seja, ele trabalha de forma oposta aos chefes paternalistas,
que, nas palavras de Cruz, ainda têm espaço reservado em empresas que valorizam
fortemente a hierarquia.
O especialista compara o coach ao novo gestor, que "trabalha com base na
liderança influente, com foco em resultados, estabelece metas estratégicas em
conjunto com a equipe, apoia o desenvolvimento contínuo de seus liderados e
fornece feedback constantemente".
Assim, o coaching serve basicamente para estimular as pessoas a obterem melhores
resultados, por meio do desenvolvimento de suas competências pessoais e
profissionais. Por meio de dinâmicas de grupo, análises individuais e atividades
especialmente planejadas, é possível criar um ambiente propício ao
autodesenvolvimento, à automotivação, à autoliderança e, consequentemente, ao
crescimento.