Se você tem mais de 35 anos, atualmente é líder, tem subordinados super
ativos, que não gostam de horários rígidos, te questiona em tudo o que você
decide, adoram navegar na Internet, são ousados, amam trabalhar, mas não querem
que o trabalho seja sua vida, cuidado! Na sua equipe podem ter jovens da Geração
Y.
A Geração Y é composta por jovens de até 30 anos, que atingem posições de
lideranças cada vez mais cedo. Geralmente, eles são muito responsáveis, adoram
tecnologia, não gostam ou não têm paciência para trabalhos muito longos ou
demorados. Aliás, para retê-los, divida os objetivos e/ou trabalhos em projetos
- pois os mesmos têm começo, meio e fim, além de ter resultados mensuráveis e
palpáveis - e, logicamente, cada projeto é encarado como um desafio,
desenvolvendo fonte de grande vantagem competitiva e aprendizagem mútua.
O perfil desses profissionais é visto como inovador. Eles trabalham sempre
com alegria - o mundo pode estar acabando que eles não se intimidam, continuam a
se comportar com espírito de equipe, enfrentando os desafios com serenidade.
Eles ficarão preocupados com a situação atual, mas não infelizes.
Uma característica marcante nessa geração é como eles visam a remuneração,
pois isto é sinônimo de orçamento; salário é para obrigações. Eles gostam mesmo
de bônus por meritocracia e premiação por destaque; ego é o que não falta para
eles. Esses profissionais são movidos a feedback e à oportunidade de
conquistarem a autonomia.
Essa nova geração tem resistência a trabalhar com rígidas regras de
vestimentas, com formalismos exagerados. Esses colaboradores respeitam pessoas e
organizações, e gostam de ser respeitados pelo caráter, pela criatividade, pela
transparência, pela espontaneidade e, principalmente, por suas conquistas. "Ele
se ‘subordina' a vínculos e não a cargos. Ele é mais auto-orientado que
hetero-orientado; seu critério de julgamento, portanto, é a consciência e não a
obediência" - João Baptista Brandão.
Além de ser muito objetiva, a Geração Y é uma equipe de resultados e não de
processos, pois não tem paciência para muitas argumentações e desculpas
complexas; quer chegar rápido ao "finalmente". Por isso, líderes dessa geração
têm um papel muito importante: a função de "multiplicador com formador". Devem
estimular e orientar, para que daqui a vinte anos também se tenha gestores mais
plenos, profundos, complexos e maduros. Se você conseguir isso, não será apenas
um "belo" líder. Em alguns casos, será também um mágico! (João Baptista
Brandão).
Vale a pena desenvolver essa geração na sua equipe; desde que você não tenha
medo de sombras, não se sinta ameaçado ou tenha receio de perder seu emprego.
Pois, como ampla fonte de inovação, o perfil desses novos profissionais será o
dos líderes de grandes corporações em um futuro próximo. O que certamente será
um alvo de competitividade.
Não se assuste se alguns começarem uma reunião te chamando de "cara". Isso
significa que eles têm cumplicidade com você. Também, pode sair no início de uma
frase um leve "meu..." - às vezes com som de "meo". Isso não é falta de
respeito, e sim a demonstração de certa confiança de seu subordinado com seu
líder. Aliás, vá se acostumando, porque essas gírias irão virar vocabulário
corporativo.