Investimentos / Fundos - Como funciona o mercado de renda fixa?
O que são
títulos de renda fixa
São títulos que pagam, em períodos definidos, uma certa
remuneração, que pode ser determinada no momento da
aplicação ou no momento do resgate (no final da
aplicação). O modo mais fácil de entender o que é um
título de renda fixa é imaginar cada título como um
empréstimo. Cada vez que você compra um título de renda
fixa você está basicamente emprestando dinheiro ao
emissor do título (que pode ser o seu banco, uma empresa
ou o governo). Os juros cobrados nada mais são do que a
remuneração que você recebe por emprestar seu dinheiro.
Por exemplo, se você investir R$ 10.000 a uma taxa de 2%
ao mês, o que você receberá no final da aplicação é R$
10.200, a soma do valor que você investiu inicialmente
(R$ 10.000) mais os juros cobrados (para facilitar as
contas não incluímos nenhuma despesa ou imposto). É
exatamente a mesma conta que você faria no caso de um
empréstimo.
Pré-fixado ou
pós-fixado: entendendo a diferença
Títulos
Pré-fixados
São aqueles cuja
remuneração é determinada no momento da aplicação. Você
sabe o que significa quando o gerente do seu banco lhe
oferece um CDB pré-fixado de 360 dias rendendo 18% ?
Isto significa que você já sabe o quanto receberá dentro
de um ano - o valor investido mais juros pelo período
(360 dias) em que o dinheiro foi investido. A mais
conhecida forma de investimento pré-fixada no Brasil é a
caderneta de poupança.
Títulos Pós
Fixados
Os títulos pós-fixados
funcionam de forma diferente. Quando você investe em um
pós-fixado, você saberá o quanto irá receber somente no
final da aplicação. Isso ocorre porque o rendimento é
determinado pela variação de um certo índice mais uma
taxa de juros determinada no início.
Mais adiante iremos discutir alguns exemplos de títulos
públicos pós-fixados. Esses títulos têm o seu rendimento
fixado como sendo a soma da variação da inflação (medida
pelo IGP-M ou IPCA) mais uma taxa de juros
pré-determinada. Portanto, se a inflação for 7% e a taxa
pré-determinada for de 6%, então a taxa bruta (excluindo
impostos) será de 13%. Se a inflação subir para 9%,
então a taxa bruta sobe para 15%.
É exatamente por isto que a maioria dos analistas fala
que um investimento pós-fixado é mais adequado quando se
espera um aumento da inflação, ou da taxa de juros.
Pois, como vimos acima, neste tipo de cenário o
rendimento do título tende a subir aumentando o retorno
para o investidor.
Como investir
em renda fixa
Agora que você
já sabe um pouco mais sobre os títulos de renda fixa,
está na hora de discutir as alternativas de investimento
disponíveis para o pequeno investidor. Assim como no
caso do investimento em ações, você pode investir
diretamente em títulos de renda fixa, comprando
debêntures, CDBs, LTNs, etc, ou pode aplicar neste
mercado indiretamente através dos vários tipos de fundos
de investimento em renda fixa.
Se você ainda não está muito familiarizado com o mercado
e tem pouco dinheiro para investir, os fundos são as
melhores opções, pois permitem que você diversifique de
forma mais eficiente suas aplicações. A diversificação é
possível porque, ao investir R$ 500,00 em um fundo de
investimento, você está comprando uma participação em
uma carteira de investimentos, que inclui várias
aplicações em renda fixa ao mesmo tempo.
Em contrapartida, se investisse diretamente em um CDB,
ou qualquer outro título de renda fixa, teria que
comprar vários títulos ao mesmo tempo para se beneficiar
desta mesma diversificação. A diversificação é
importante porque você reduz o risco das suas
aplicações: afinal as perdas com uma aplicação podem ser
compensadas pelos ganhos com outra. Lembra-se da famosa
regra de nunca colocar todos os ovos na mesma cesta? É
exatamente por isso que diversificar é importante.
No próximo tópico vamos discutir as aplicações de renda
fixa mais comuns, como os CDBs, RDBs, assim como os
títulos de dívida pública e privada, assim como os
fundos de renda fixa.
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