Diante do dólar baixo, os brasileiros realizam o sonho de viajar para fora do
país para estudar. Com o dinheiro contado, muitos sentem medo de passar por uma
situação financeira ruim no exterior. Para que isso não aconteça, por sua vez, a
gerente de comunicação da empresa de intercâmbio STB, Cláudia Martins, afirmou
que existem várias formas de economizar em solo estrangeiro com a finalidade de
não passar por nenhum "aperto".
A economia pode começar antes da realização da viagem. "Analise qual o local que
oferece um custo de vida baixo. Uma boa opção é o Canadá, assim como a África do
Sul", afirmou. Outra dica é escolher países mais próximos, para não gastar tanto
com o transporte aéreo.
Analise também a época do ano em que está viajando: férias escolares, ou o
período de junho a agosto e dezembro a janeiro, são consideradas alta temporada
e encarecem a vontade de fazer intercâmbio. Prefira épocas com menos movimento
de turistas, quando poderá curtir mais e se forçar a conhecer a outra língua.
Antes de sair do país, não se esqueça de fazer um seguro de saúde. "Os hospitais
e tratamentos são muito caros lá fora. Para ficar quatro semanas protegido no
Estados Unidos, o intercambista pode pagar US$ 112 numa cobertura mais simples,
são US$ 3,73 por dia. Se pensar que só uma dor de cabeça dá US$ 500 num hospital
lá fora, vale a pena".
Valor do dinheiro
Algumas pessoas acham que vale a pena gastar para ir ao país dos sonhos. "É a
questão do good value for money, ou de dar o valor que se quer ao
dinheiro. A libra é uma moeda muito mais forte que o dólar e muitas pessoas vão
para a Inglaterra porque é onde querem fazer o intercâmbio", disse Cláudia.
Uma forma de diminuir os gastos é admitir morar com uma outra família. Apesar
dos inconvenientes para quem gosta de liberdade, são oferecidos café da manhã e
jantar, o que significa não desembolsar com duas refeições. "A residência
estudantil também é boa opção, mas só se comparada com o aluguel de apartamentos
ou os flats, que são caros".
Na hora das refeições, é preferível comer em restaurantes locais, que vão
oferecer uma comida muito mais saudável e barata que as redes de fast food. "A
França, por exemplo, oferece cardápios com preço fixo, então você já sabe quanto
vai gastar. Na Inglaterra, as pessoas fazem piqueniques no parque". Além disso,
comer em ambientes locais fará com que o intercambista interaja.
Com relação ao transporte, existem lugares, como Nova York, onde as pessoas
compram o passe de manhã e podem usar o dia inteiro ou por determinado período.
Pode ser mais vantajoso que comprar o unitário. Para quem quer treinar o idioma,
já pegue transporte do aeroporto para o local onde irá ficar sozinho, o que
economiza com translado. Não se prive dos espetáculos e atrações porque existem
dias da semana que eles são mais baratos. "Em Londres, grande parte dos museus é
barato ou possui entrada franca".
Programar é economizar!
De acordo com Cláudia, o intercambista deve analisar os macetes de cada lugar, o
que ele irá aprender com o tempo. Além disso, deve programar os gastos por
semana, sem levar em conta o limite do cartão de crédito. "Faça as compras no
final da viagem, porque o que era tentador pode virar sem graça ou você pode
encontrar num preço melhor".
No pagamento das contas, use o VTM (Visa Travel Money), que é prático e não
incide IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). No caso do VTM, as pessoas
carregam o cartão em dólar americano ou euro e retiram na moeda local através de
caixas eletrônicos no país em que ela está se deslocando, serviço disponível 24
horas por dia em todo o mundo.
A compra de pacotes de intercâmbio antecipada também gera economia de dinheiro.
Se sabe que irá viajar daqui um ano, já comece as negociações.