Empreendedores, especialmente os de primeira viagem, são um mar de dúvidas.
Qual tipo de negócio dá mais lucro? Quais são os primeiros passos que devo
tomar? Será que minha idéia vai funcionar? O ponto que penso em adquirir é
bom? O que está “em alta” hoje em dia?
Em dois artigos que escrevi neste blog, “Qual Negócio Devo Abrir?” e “Como
Decidir Qual Negócio Abrir“, as dificuldades dos que querem abrir um negócio
podem ser vistas nos comentários. Isto não é um defeito dos empreendedores…
pelo contrário, é uma etapa normal do processo de desenvolvimento de um negócio.
Empreender é isso mesmo: fazer algo diferente, superar problemas, pesquisar
soluções… não existe um manual pronto para abrir um negócio inovador e ter
sucesso. Na realidade, este manual existe sim, mas deve ser desenvolvido pelo
empreender a cada novo negócio – ele se chama Plano de Negócios.
Já comentei anteriormente que o plano de negócios é uma obrigação para
qualquer novo empreendimento. Isto, no entanto, não quer dizer que serão
necessários meses de planejamento e estudos. O tempo para preparar um plano
sólido pode ser de alguns dias para negócios simples até meses para
empreendimentos de grande porte. Ainda assim, o interessante é que os
principais tópicos estão presentes em qualquer tipo de negócio.
O desenvolvimento do plano é tão importante quanto o documento final em si.
Fazer um plano de negócios é um exercício intelectual que ajudará o empreendedor
a avaliar todos os aspectos de sua idéia e definir soluções e estratégias para o
sucesso.
Estes são os principais elementos na estrutura de um plano de negócios:
- Detalhamento do Negócio: explica do que se trata o
negócio, quais são seus diferenciais, porque interessa ao público-alvo, sua
localização e os produtos e serviços que serão oferecidos.
- Mercado: detalha qual o mercado que o negócio quer
atingir, o público-alvo, e qual fatia você pretende conseguir.
- Precificação: trata-se da estratégia de preços para
atingir seu mercado.
- Posicionamento: indica o contexto em que seu negócio se
encaixa em relação à concorrência, e como ele se diferencia.
- Marketing: indica quais serão as estratégias e as ações
para que o público-alvo chegue até o produto ou serviço oferecido.
- Recursos Humanos: detalha o número de funcionários e a
política de contratação, cargos, salários, etc.
- Finanças: mostra quanto terá que ser investido para
abrir o negócio, quais serão os gastos mensais, o potencial de faturamento e
os lucros que serão obtidos.
- Análise SWOT: Indica os pontos fortes, pontos fracos,
ameaças e oportunidades do negócio, com um plano de ação para cada um.
A estrutura acima costuma ser suficiente quando o plano de negócios é apenas
para consumo interno… ou seja, quando não há intenção de apresentar o plano a
investidores e parceiros de negócios. Planos formais costumam ter outros
elementos, como um Resumo Executivo. Além disso, dependendo do porte do
negócio, cada item desta estrutura pode se desdobrar em inúmeros detalhes…
muitas vezes é até importante especificar os procedimentos internos que serão
estabelecidos (quando o processo for um diferencial estratégico do negócio).
Pesquise mais sobre os planos de negócios, e você perceberá rapidamente que
além de não ser um bicho de sete cabeças, é uma ferramenta extremamente valiosa
para seus objetivos de empreendedor.