Carreira / Emprego - CRIATIVIDADE, OUSADIA e ÉTICA - Palavras chaves de Recursos Humanos
Temos que ir ao encontro de ações criativas, inovadoras e éticas, resgatando
o verdadeiro lado humano das empresas, estabelecendo a relação ganha - ganha
entre os funcionários.
Todos nós sabemos que as empresas são organismos vivos e que na verdade não
existem empresas, mas pessoas, com objetivos em comum dando vida a uma idéia,
projeto e até a uma máquina e ou equipamento. Na atualidade, por questões de
sobrevivência, percebemos uma grande demanda das empresas com relação a busca da
criatividade e inovação, mas cabe alguns cuidados.
Criatividade como habilidade indispensável para ser cultivada do ponto de vista
dos indivíduos e da organização, especialmente neste momento da historia,
marcado fundamentalmente por mudanças e alta competitividade.
No mutável mundo de hoje só temos uma saída como profissional de Recursos
Humanos: para sobrevivermos e cumprirmos o nosso papel, temos que OUSAR
ETICAMENTE e contribuir de maneira societária, e não somente agirmos como rolo
compressor ou reprodutor de maneira radical, por vezes, desumana e puramente
nuvem passageira.
Temos de ir ao encontro de ações criativas inovadoras e éticas, resgatando o
verdadeiro "lado humano da empresas" e estabelecendo a relação ganha-ganha entre
empregados e empregador, preservando e desenvolvendo as características dos
brasileiros, que são tão criativos.
Nos últimos tempos as empresas brasileiras passaram por um forte enxugamento no
seu quadro de pessoal. Observamos um forte investimento em treinamento e
desenvolvimento de pessoal na estrutura enxuta, buscando resgatar a capacidade
competitiva da organização num mercado globalizado.
Na busca de certificações, ISSO 9000 e qualidade total, percebemos que as
empresas investem bem mais em relação ao período anterior. Cada vez mais perce
bemos que o detalhe faz a diferença.
No contexto de qualidade a criatividade não é uma ferramenta, e sim uma resposta
para atingi-la. No entanto, percebemos que em alguns setores não foi investido o
suficiente, ou ainda continuam investindo num modelo tradicional de
Recursos Humanos que não atende mais as expectativas da empresa, através de
programas de treinamento extremamente mecanicista e centralizadores.
A criatividade como busca de resultados, agregando valor ao dia a dia em
adequação de procedimentos, melhoria de produtos, serviços, soluções de
problemas, etc , e não somente alegrar as pessoas. Devemos pensar em treinamento
como uma educação estratégica.
Como desenvolver ações criativas, se ainda temos programas de treinamento que
estão mais para adestramento do que desenvolvimento, sem contar com as danças de
salão!
Necessitamos de pessoas em constantes modificações, flexíveis, que possam
adaptar-se a um cenário altamente mutável e EFETIVAMENTE, garanta o
desenvolvimento profissional do trabalhador, será que as empresas estão
preparadas?
Tais pessoas precisam estar comprometidas e envolvidas com o negócio da
organização, serem autônomas, formas times de trabalho, ter visão do futuro e
estar em contínuo aperfeiçoamento.
Mas como conseguir isso se continuamos administrando ainda considerando velhos
paradigmas?
Neste contexto a figura do Consultor Interno de Recursos Humanos, torna-se
extremamente importante. Deve saber propor investimento em pessoas, fazer parte
efetivamente como agente de mudanças e principalmente quebrar seus próprios
paradigmas, que por vezes é de total passividade e racionalidade, onde podemos
observar " muitos discurso e pouca ação.
Temos que perceber os programas de T&D como processo global de conscientização
de comunicação ente os participantes, onde deve existir uma visão de totalidade
dos vários níveis de conhecimento e de expressão sensorial, intuitiva, racional
e transcendental.
Desenvolver, a partir desta visão significa entender o indivíduo como um ser
social em evolução de forma holística: corpo, mente, razão e emoção.
Deve-se buscar encontrar o equilíbrio nas relações entre as partes e o todo,
entre o sensorial e o racional, o concreto e o abstrato, o individual e o
coletivo, e principalmente reforçar a importância do estudo e buscar novos
conhecimentos auto desenvolvimento e aprendizado contínuo.
Hoje á área de RH deve estar inserida mo projeto maior de desenvolvimento da
empresa, visando atingir seus objetivos e atreladas ao planejamento estratégico
da mesma.
Deve buscar estabelecer o fator reciprocidade, comprometimento das pessoas,
desenvolvimento de competências, ações criativas, ou seja, humanizar a relação
do empregado com o trabalho e o empregador.
Este profissional deverá agir como fornecedor interno, desenvolvendo melhorias
nos serviços oferecidos, bem como adequando-se as necessidade de seus cliente
internos, identificar necessidades e propor soluções criativas ou contratando
Consultores Externos.
Na prática de consultoria cada vez é mais freqüente sermos chamados para
correção de trabalhos anteriormente desenvolvidos e que não apresentaram
resultados. Por vezes eles só trouxeram complicações internas. Sendo assim
sabemos que prevenir é melhor do que remediar. Sua visão deverá estar voltada
para o funcionário, para seu comportamento e para o futuro da organização.
Uma questão de foco
Nos programas de treinamento devemos ser focais e assertivos na busca dos
resultados, não restringindo somente no energizar, sensibilizar, ou até mesmo
nos comentário quanto ao gostar ou não de determinadas técnica, sem entender
efetivamente do motivo do uso da mesma.
A avaliação de reação, utilizada logo após ao treinamento, com as perguntas
tradicionais, tais como: o instrutor dominava o assunto, era didático, o
material era adequado, o tempo foi o suficiente, é positiva, porém deve ser
revista, mas somente não adianta, propomos pensar na Segunda fase de avaliação
onde podemos avaliar o real resultado do treinamento comparando resultados
anteriores com os atuais.
Uma questão de ética
Ø Há casos em que é solicitado "a amostra grátis", através de uma palestra
simplificada e se gostarem, contrata-se o Consultor, ou então o forte argumento:
"vamos realizar vários treinamento, pense nisso na hora de definir seus
honorários". Não é incrível! passa a ser engraçado.
Ø Candidatos durante os processos seletivos esperando horas e horas para serem
atendidos.
Ø Selecionadora pouco ou nada sabem a respeito da vaga, respondendo de forma
vaga, superficial.
Ø Requisito imprescindível o inglês, sendo que dificilmente o profissional
utilizará, agindo dentro de puro modismo.
Ø Uso indiscriminadamente de instrumentos de avaliação, tais como : testes,
dinâmica de grupo, onde expõe os candidatos em situações difíceis e com pouca
fundamentação ou domínio para avaliação.
Ø Deixar o candidato esperando sem um feedback de reprovação. Temos que rever
muitos conceitos humanos.
Ø Identificamos também programas de treinamento festivos, mágicos, reflexivos,
onde todos choram, exercícios corporais, massagens ou até aqueles que ficam
somente na integração ,com o discurso de qualidade de vida. Será que realmente
as empresas estão preocupadas com isso ou é apenas um pano de frente escondendo
o fundo da empresa? Cabe ressaltar que estes treinamentos também possuem sua
validade, e alguns são interessantes, sem dúvida, mas cuidado com isso.
Ø Cabe aqui mais um cuidado, na contratação de Consultores Externos. Podemos
encontrar uma gama de produtos importados, com uma grife forte, mas que não
atende as necessidades da organização, cuidado com os modismos e pacotes
prontos.
Todas estas questões são importantes, porém não devemos esquecer da ética em
relação aos clientes externos e os internos.
Empresa que não é ética , não respeita o funcionário, dificilmente terá
efetivamente resultados com o cliente externo.
Observe o quanto a sua empresa está sendo ética ou não com os seus funcionários.
"Ser ético e criativo, hoje não é mais uma opção, mas é uma questão de
sobrevivência"
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