Quando se decide separar parte do que se ganha para reverter em
investimentos, a primeira medida a se tomar é a de conhecer seus limites ao
risco. Isto é, saber em que perfil você se encaixa.
Os três perfis básicos do investidor.
Talvez você já tenha escutado falar sobre os três perfis básicos quando se
fala de investimentos. São eles o Conservador, o Moderado e o Agressivo.
Obviamente que no intervalo entre cada um deles existe limites diferentes, mas
nós vamos nos ater apenas aos três básicos.
Geralmente através de um questionário, com perguntas sobre dados pessoais,
hábitos financeiros e colocando você em situações hipotéticas é possível traçar
o perfil em que se encaixa. Costumo dizer que estes questionários são muito
otimistas, por isso tenha sempre o pé atrás com eles.
Tenha os objetivos como o ponto de partida.
As informações mais importantes a serem levadas em consideração são aquelas
que estão embutidas em seus objetivos. Aquilo que você pretende fazer com as
suas economias, o que elas devem te proporcionar, qual o tempo necessário para
se conquistar um determinado objetivo, etc... Estas são informações que
definirão em qual investimento você irá alocar a sua reserva.
Quanto mais detalhados estiverem os seus objetivos, maior será a
assertividade do investimento a ser escolhido.
Longo prazo possibilita ganhos maiores.
Quanto maior o prazo para se utilizar à reserva financeira, melhor a chance
de se conseguir uma excelente opção de investimento. Uma vez que, na maioria dos
investimentos, o tempo de permanecia do dinheiro está diretamente ligado à
rentabilidade que este irá lhe proporcionar.
Quando o investimento é em Ações, melhor ainda. Os gráficos nos mostram que a
maioria das empresas com ações na BOVESPA registraram nos últimos dois anos,
rendimentos bem acima das tradicionais renda fixa e CDI. Muitas, aliás, com
rentabilidade na casa dos três dígitos. Portanto, se você estiver investindo na
sua aposentadoria, nossa dica é que destine de 20% a 30% de seu patrimônio em
renda variável, isto é, em ações. Se em um ano você sofrer perdas, elas poderão
ser facilmente recuperadas em seguida, quando o mercado se recuperar.
Investidor não deve arriscar no curto prazo.
Por outro lado, se você for precisar do dinheiro no curto ou médio prazo, ou
seja, nos próximos meses, a melhor estratégia é procurar aplicações mais
conservadoras, como os fundos referenciados DI ou os fundos de renda fixa
tradicionais. Nesse caso, não vale a pena correr riscos. Imagine que você
investiu na Bolsa todo dinheiro que será destinado a uma viagem nas férias e de
uma hora para outra o mercado foi abalado e você perdeu dinheiro. Você ficará
sem as tão sonhadas férias no exterior.
Valor do patrimônio também deve ser analisado.
Quando você ainda tem pouco dinheiro e está começando a formar suas reservas,
existem duas linhas de pensamento diferentes indicando para onde você deverá
direcionar a maior parte de seus investimentos. Um delas defende a idéia de que
não se deve investir mais de 10% ou 15% em Ações, uma vez que o mercado é muito
volátil e as oscilações poderão acabar com aquilo que você investiu. A outra, a
que gosta mais, diz que se você ainda não tem uma reserva formada então deve dar
uma tacada planejada, lucrar um bom dinheiro e daí em diante seguir a sua
estratégia.
A maioria das pessoas que nunca negociaram com Ações tem medo deste mercado.
Escutaram uma vez que alguém perdeu tudo o que tinha e se matou. Outros faliram
e perderam até a família. Porem, eu pergunto a você, adianta ter medo e nunca
conhecer como realmente funciona o mercado de ações no Brasil?
Afirmo categoricamente que hoje o investidor só perde tudo o que tem se for
leigo, uma pessoa que não estudou a empresa em que investiu, não conhece as
regras do negócio e não está sendo assessorado por ninguém. Com investimentos em
Ações existem inúmeras ferramentas para proteger o seu investimento; estudos que
demonstram quais as reais possibilidades de crescimento da empresa, como o
mercado está se comportando com as noticias internacionais, etc... O Brasil é
hoje um dos principais exportadores do planeta, sem a nossa economia inserida
nesta globalização, muita outras se enfraqueceriam, exemplo claro é a CHINA.
Em contrapartida, aqueles que já juntaram um valor considerável durante a
vida podem se dar ao luxo de arriscar um pouco mais, aplicando um percentual
maior em ações e direcionando apenas uma pequena parte em investimentos de Renda
Fixa.
Boa sorte e bons negócios...