Empreendedorismo é um termo bastante em alta e discutido cada vez mais neste
país. Percebo, no entanto, ao conversar com algumas pessoas conhecidas, que a
visão “popular” que se tem do termo está bastante associada a “montar um negócio
ou empresa”.
Tudo bem que isto é mesmo empreender, mas penso ser importante compartilhar
com o leitor uma visão muito mais ampla e democrática do termo. Faço isto porque
verifico que jovens em início de carreira, estejam empregados ou atuando como
profissionais liberais, dão pouca importância ao tema por acreditar que não diz
respeito a eles, já que não querem “abrir um negócio”!
Empreender é atitude! É postura e posicionamento na vida. Tem a ver com
conhecimento técnico sim, mas muito mais com desenvolvimento comportamental,
foco, persistência, entusiasmo e paixão. E tem muito a ver com PLANEJAMENTO!
Diversos profissionais liberais e jovens recém egressos passam hoje por
agruras, sem encontrar um lugar no mundo do trabalho por falta desta
característica. Ora, até para se procurar emprego hoje é preciso empreender. É
preciso planejar, buscar informação, preparar-se, informar-se e agir. Tem gente
que nem procurar emprego sabe, quanto mais conseguir clientes como profissional
liberal.
Veja bem, o que vai fazer você conseguir ou não clientes e arranjar ou não um
emprego não é a qualidade técnica que você apresenta em seu campo de trabalho, e
sim a postura empreendedora que você adotar para “impulsionar” o uso desta
qualidade técnica, que é claro, deve ser excelente.
O médico mais solicitado não é necessariamente o que tirou as melhores notas
ou estudou nas melhores faculdades, e sim aquele que sabe “fazer clientes”,
criar sua imagem, ou seja, empreende como forma de “vender” sua qualidade
técnica.
Empreendedorismo é comportamento! É modo de atuação! Não é abrir empresa
apenas.
Com as novas tendências em gestão de pessoas do mercado, até mesmo para ser
um “empregado” já se exige postura empreendedora. É gente que tem idéia,
planeja, organiza, faz, erra, refaz, muda aqui, mexe ali, estuda, procura,
remexe outra vez, cai, levanta e faz acontecer o que quer que seja; um emprego,
uma festa, uma carteira de clientes ou mesmo organizar um passeio.
A má notícia é que a maioria de nós não foi criada para empreender, e sim
para executar, acatar, obedecer e não transgredir. Resultado? O sujeito se forma
e fica igual uma planta, sem saber o que fazer; alguns poucos dão sorte e
“acontecem” em suas profissões, mas a maioria sobra, e acaba ocupando postos de
trabalho que nada tem a ver com aquilo que queriam, ganhando pouco e infelizes.
Alguém falou em depressão aí?
Já as boas notícias são que empreender é um comportamento que pode ser
desenvolvido por qualquer um, e que jamais houve um tempo tão propício para se
fazer isto. Entidades, empresas, ONGs, grupos independentes e órgãos
governamentais, todos estão aí, fomentando o tal empreendedorismo como forma de
despertar na população uma postura mais ativa e realizadora na vida.
Se você vai se graduar em breve, se é um profissional em início de carreira
ou se sente que está “estagnado” ou sem rumo, aí vai uma dica. Estude sobre
empreendedorismo, entenda este comportamento e procure aplicá-lo a todas as
esferas da sua vida. Você perceberá com o tempo que será muito mais “dono de si”
e capaz de realizar coisas maravilhosas.
Divulgo esta mensagem porque acredito que só o empreendedorismo pode salvar
este país e nos ajudar a construir um futuro melhor. Só o empreendedorismo é
capaz de criar pessoas ativas, responsáveis, realizadoras e donas de suas vidas.
Pessoas que não esperam acontecer nem ficam protestando para que a sociedade
arranje um lugar para elas.
Pessoas que dão o passo,correm o risco, sacodem a poeira e fazem a vida
acontecer. Por isso, empreenda, você não vai se arrepender, e o país agradece!