Em 1992, quando recomeçou a guerra civil em Angola, na África, eu enfrentei
um dos momentos mais dramáticos da minha vida. Na época, era vice-presidente da
Odebrecht nos Estados Unidos. A construtora tinha 1 400 profissionais
trabalhando naquele país e recebi a missão de participar da equipe que iria
resgatá-los de lá. Viajei para a capital, Luanda, com o presidente da empresa,
Renato Baiardi.
O transporte dos colaboradores da companhia até o aeroporto foi feito em três
ônibus, em várias viagens, escoltados por dois jipes com batedores fortemente
armados. Justamente o meu comboio foi atacado. Nosso motorista tomou um tiro e
acabamos levados para um quartel militar. Soubemos depois que 1 200 angolanos
tinham morrido em Luanda naquele fim de semana. Pensava que jamais sairia dali
com vida.
No meio de toda essa confusão, Baiardi e eu começamos a maquinar aquele que
seria um dos projetos mais ousados e difíceis de minha vida. A ONU pretendia
organizar uma concorrência internacional para prestação de serviços de apoio
logístico à força de paz que iria atuar em Angola. Como conhecíamos a cultura
angolana e falávamos português, fizemos um consórcio com uma empresa americana
com experiência em missões militares. Ganhamos a concorrência. A missão do
consórcio era providenciar roupas, abrigo, transporte, alimentação,
medicamentos, equipamentos e sistemas de comunicação para os 7 000 soldados da
força de paz da ONU. Acredito que demos uma importante contribuição para
acelerar o processo de paz, que aconteceu finalmente em 1999. Foi como a
realização de um sonho.
A experiência de vida e morte que enfrentei em Angola revela várias
características comuns aos realizadores de sonhos. Eu me refiro à ação de
pessoas de carne e osso que expressam suas visões e seus valores, montam
parcerias, valorizam as relações interpessoais e encontram oportunidades para
transformar a si mesmas, aos outros e à comunidade. Indivíduos que aprendem com
os erros, confiam na intuição e compartilham o desejo de fazer do mundo um lugar
melhor. Sonham de olhos abertos, porque o sonho é a primeira etapa do
planejamento estratégico de empresas, carreiras e países. Todas as grandes ações
são fruto do sonho. A conquista da América, a chegada do homem à Lua, a
construção de Brasília, o fim do apartheid na África do Sul só se tornaram
realidade graças à ousadia de grandes sonhadores. Cristóvão Colombo, John
Kennedy, Juscelino Kubitschek e Nelson Mandela sonharam com a cabeça nas nuvens
e os pés no chão.
Mesmo tachados de visionários, acreditaram em seu sonho. Traçaram planos para
realizá-los. Envolveram outras pessoas na mesma causa. Ultrapassaram os
obstáculos. Mudaram a história de seu tempo. O Brasil acaba de testemunhar a
vitória de um sonhador, um menino pobre do interior de Pernambuco que um dia
sonhou ser presidente da República. A história de empresas vencedoras como
Embraer, Natura, Amil, Samarco, Marcopolo, Odebrecht, dentre várias outras,
também começa com um sonho bem sonhado.
Todos nós temos sonhos ou já tivemos um dia, antes de serem consumidos pela
rotina, sufocados pelo peso dos afazeres diários. Ser bem-sucedido na profissão.
Encontrar um amor, ter filhos. Ganhar dinheiro, viajar. Engajar-se numa causa
social ou ecológica. Trabalhar pela comunidade. Mudar o mundo. Ter uma vida
melhor. Ser feliz.
Acredite: você também pode ser um realizador de sonhos. Basta aprender a
utilizar competências que provavelmente você já tem. Pesquisei a vida de mais de
50 pessoas empresários, artistas, homens, mulheres, gente na terceira idade, de
todas as regiões do país, gente do povo, pessoas que sonharam e conseguiram
realizar seus desejos. Essas pessoas são marcadas por persistência, fé, coragem
e criatividade. São motivadas, trabalham duro e, muitas vezes, contam com a
ajuda da sorte. Como você verá a seguir, suas conquistas não caíram do céu.
Paixão: sem ela, nada feito
A tecnologia muda diariamente, mas a velha chave do sucesso continua sendo um
sentimento que se escreve com seis letras: P-A-I-X-Ã-O. O realizador de sonhos
se apaixona por suas missões e tarefas. Trabalha com emoção e excitação.
Fernando Tigre, presidente da São Paulo Alpargatas, é um profissional apaixonado
pelo que faz. Foi responsável por uma grande reviravolta na empresa em 1997, ao
assumir o comando. Na época, a companhia estava mergulhada em dívidas, embora
fosse dona de marcas tradicionais e de sucesso, como as sandálias Havaianas e os
tênis Rainha. Tigre adotou uma política de simplificação. Desativou o
restaurante que havia na sede, criado para atender exclusivamente dois
superintendentes e eventuais convidados, cortou os cargos hierárquicos pela
metade e reagrupou as atividades em unidades de negócios e por linhas de
produtos. Resultado: em 2002, a São Paulo Alpargatas bateu recorde de
faturamento. 'Sejam vocês mesmos e não tentem ser o que não são', aconselha
Tigre aos jovens executivos.
Fé: adeus aos obstáculos
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes era uma freira cuja aparência frágil
ocultava uma mulher dinâmica e com um talento gerencial digno dos altos
executivos. Maria Rita nasceu em 1914, abraçou a vida religiosa e, aos 20 anos,
adotou o nome que a tornou famosa: Irmã Dulce. Ela acreditava que poderia fazer
mais pela sua comunidade agindo concretamente do que rezando o dia inteiro.
Decidiu pedir autorização à sua madre superiora para abrigar os doentes das ruas
de Salvador, na Bahia, no antigo galinheiro do convento. Do galinheiro, ela fez
um hospital. E do hospital iniciou uma das maiores obras sociais deste país. A
construção seria erguida no largo de Roma. Antes, no entanto, era preciso obter
financiamento para a obra. Irmã Dulce não titubeou: conseguiu uma audiência com
o então presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, que agendava compromissos
em horários pouco comuns. O encontro foi marcado para as 5 horas da manhã, no
Rio de Janeiro. Irmã Dulce conseguiu uma doação, na época, de 6 milhões de
cruzeiros.
Hoje, 11 anos após a morte de Irmã Dulce, suas obras assistenciais seguem de
vento em popa. São 13 núcleos de atendimento com 1 021 leitos, 1 700
funcionários, mais de 400 médicos, 300 residentes e 300 voluntários. Diariamente
são atendidas gratuitamente mais de 4 000 pessoas.
Criatividade: faça pegar fogo
Os realizadores de sonhos criam novas soluções para velhos problemas. Não se
acomodam diante dos obstáculos nem das derrotas passageiras. Acreditam que uma
idéia ou um produto inovador exigem um contexto que fomente a originalidade.
Criatividade, aliás, é o que não falta a José Alberto Almeida de Carvalho, de 41
anos, que junto com dois irmãos fundou a Equipe Ninja, um serviço especial de
táxi em Salvador cujos diferenciais são rapidez, prontidão e atendimento 24
horas. Junte a esses ingredientes algumas pitadas de paixão, prazer em superar
expectativas, disposição para contar uma boa história e extrema confiabilidade e
você entenderá por que a equipe conquistou clientes como Citibank, McDonald's,
Federação das Indústrias da Bahia e Praia do Forte EcoResort.
'Comecei a investir nos usuários de nossos serviços fazendo um cadastro de
clientes personalizados e mandando lembranças na Páscoa, no aniversário e no
Natal', conta Carvalho, que trabalhava como ajudante de confeitaria num hotel.
Em 1985, com a morte de um cunhado taxista, herdou um Fusca cheio de prestações
para pagar. À noite, ele trabalhava no hotel e, de dia, ganhava a vida como
taxista. Carvalho foi juntando economias, comprou mais um carro, conseguiu
financiamento para um terceiro e montou a Equipe Ninja. Agora, ele sonha comprar
um Marea novinho em folha para dar mais conforto a seus clientes. Carvalho quer
também concluir os cursos de inglês e italiano para se comunicar melhor com os
turistas estrangeiros e planeja abrir uma agência de turismo.
Inovação: tudo novo, de novo
Realizadores de sonhos favorecem o clima de inovação. É o que acontece, por
exemplo, na Brasilata, a terceira maior fabricante de latas metálicas do país,
situada em Rio Verde, Goiás. A coordenadora de desenvolvimento de pessoal,
Silvana Carneiro Lenz, encorajou os funcionários a desenvolver uma nova tampa
para a lata de leite em pó. Atualmente, o produto, inédito, está sendo
patenteado nos Estados Unidos e na Europa. Há três anos, um operário da fábrica
também conquistou a medalha de prata no Cans of the Year, um importante prêmio
do setor de embalagens metálicas, ao apresentar a idéia de fazer frisos numa
lata quadrada de 9 litros. A lata ficou mais resistente, mesmo com uma chapa de
metal mais fina, dominuindo os custos em 5%. A Brasilata já conquistou 29 novas
patentes. Em 2001, os funcionários apresentaram 4 210 idéias, das quais 2 093
foram aprovadas e implementadas.
Coragem: aposte em você
Realizadores de sonho possuem senso de liberdade para escolher seu caminho, numa
mistura de ousadia e coragem. Eles não têm medo de correr riscos e jamais
aceitam um 'não' como resposta. Eles vão e simplesmente fazem o que antes
parecia impossível. Leila Diniz, símbolo da revolução feminina nos anos 60,
reflete muito bem esse sonho de liberdade. Ela escandalizou a sociedade
brasileira numa época em que a repressão dominava o país ao exibir sua gravidez
num biquíni. Jovem e bonita, Leila era uma mulher de atitude. Falava sobre sua
vida pessoal sem constrangimentos. Chocou o país inteiro ao discordar
publicamente dos chamados códigos sociais da época. Atriz de 14 filmes, 12
telenovelas e muitas peças teatrais, foi invejada e criticada. Morreu
precocemente, aos 27 anos, num desastre de avião em julho de 1972, mas nunca foi
esquecida.
Visão: todos por todos
Realizadores de sonhos explicitam seu propósito, seu rumo, sua direção, e
contagiam as pessoas. Envolvem outros indivíduos nessa missão e trabalham para
construir uma visão compartilhada. Afinal, não dá para chegar a lugar nenhum se
as pessoas que estão num mesmo barco remarem para lados diferentes. Diminuir a
distância digital entre os brasileiros foi a grande causa abraçada e disseminada
por Rodrigo Baggio, um consultor de informática que nas horas vagas criou uma
escola no morro Santa Marta, no Rio de Janeiro. O projeto deu tão certo que ele
decidiu abrir outras duas unidades. Hoje, ele se dedica exclusivamente à rede
que virou a maior e mais bem-sucedida ONG de inclusão digital do mundo. O Comitê
para Democratização da Informática (CDI) atua em 35 cidades brasileiras e em
países como Chile, Uruguai, México, Japão e África do Sul. Até agora, passaram
por suas escolas no Brasil mais de 200 000 alunos.
Determinação: pé na tábua
O empresário brasileiro Abraham Kasinsky é um realizador de sonhos. Reúne
obstinação, tenacidade, perseverança, persistência e garra. Kasinsky fundou nos
anos 50 a Cofap, a primeira fábrica de autopeças do país. A companhia cresceu e
se agigantou, tornando-se a maior empresa brasileira do setor. Em 1997, cansado
das desavenças entre os filhos e os sobrinhos pela sucessão da presidência,
decidiu vender suas ações. Ele poderia ter se aposentado, mas preferiu comprar
uma fábrica na Zona Franca de Manaus e produzir motocicletas. Hoje, a moderna e
robotizada Kasinski também faz triciclos e scooters. Rico e bem-sucedido, esse
empresário de 82 anos não pensa em parar. Seu sonho atual é lançar um carro
popular nacional.
Foco: só pare quando chegar
Apesar do dinamismo que caracteriza os realizadores de sonhos e do fato de
tocarem vários projetos ao mesmo tempo, eles jamais perdem o foco. Não
desperdiçam tempo e energia com tarefas que não fazem parte de seu projeto. O
maestro John Neschling, de 55 anos, brasileiro apesar do nome de origem
estrangeira, é uma pessoa extremamente focada. Em 1997, quando aceitou o desafio
de dirigir a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, estava decidido a
fazê-la funcionar como uma empresa. Duramente criticado ao promover a arrumação
na Osesp, que culminou com o corte de alguns músicos, Neschling não se
intimidou. 'Sou um cara afável, mas sei bem o que quero', declarou em matéria
publicada pela revista EXAME em outubro de 2002.
Hoje, a orquestra tem 300 funcionários, incluindo pessoal de apoio, sede própria
e um padrão de excelência reconhecido internacionalmente. Desde 2002, iniciou um
circuito de apresentações nos Estados Unidos que se estenderá até 2004 e inclui
audições na Europa e no Japão. Toda essa turnê está sendo realizada sem nenhuma
subvenção do governo. Neschling não esconde de ninguém que não precisa da
orquestra para sobreviver, mas está cada vez mais dependente dela
emocionalmente.
Planejamento: pense antes
Como não é possível fazer tudo ao mesmo tempo, os realizadores de sonhos
priorizam suas ações. Dão um passo por vez. Executam as mudanças necessárias e
planejam tudo em detalhes. Um exemplo bem claro dessa característica é o
navegador Amyr Klink. Ele cruzou o Atlântico num minúsculo barco a remo. Depois,
passou um ano isolado na Antártida. Em seguida, realizou um feito inédito: deu a
volta ao mundo circunavegando o continente gelado. 'O planejamento é como um
patamar de referência, serve para ordenar as ações. Pode inibir a criatividade,
entretanto não é possível estimulá-la sem uma direção', afirma na entrevista
registrada no livro Gestão de Sonhos, de Sérgio Almeida (Casa da Qualidade).
Amyr Klink ressalta que a origem dos problemas dos projetos raramente está nos
grandes acontecimentos, mas sim nos detalhes aparentemente insignificantes.
Certa ocasião, ao testar os kits de aliment os projetados pela nutricionista
Takako, o navegador solitário encontrou um pacotinho em que só havia três
ameixas secas. Pediu para que colocasse um punhado mais generoso delas. Takako
perguntou se ele sabia o peso de uma ameixa seca. 'Eu não fazia a menor idéia de
que pesava 10 gramas. Eram 98 000 saquinhos para as 169 semanas de viagem. Se
colocasse uma a mais em cada envelope, a ameixinha extra afundaria o meu barco.'
Valores : a base de tudo
Os valores são muito mais abrangentes do que os sonhos. Eles revelam uma
atitude, uma postura perante a vida. Alguns deles são universais, como o direito
à vida, o respeito ao próximo, o direito à liberdade. Em tais casos, não há o
que discutir. A mobilização é imediata. A Natura não é fruto do sonho de apenas
uma pessoa ou de um pequeno grupo de líderes. A empresa é hoje resultado do
sonho de muitos, um sonho coletivo. Uma paixão coletiva. Como sabiamente
esclarece Luis Seabra, o fundador, 'a trama da vida é muito mais fascinante e
complexa do que podemos imaginar ou do que projetos individuais podem
transmitir'.
Motivação: todos por um
Os realizadores de sonhos sabem motivar pessoas. Com isso, atingem seus
objetivos e, por tabela, ajudam seus colaboradores a alcançar também os seus
sonhos. A presidente da Avon Cosméticos no Brasil, Eneida Bini, sabe como poucos
criar parcerias. Primeira mulher a assumir o cargo, comanda um time de 4 000
funcionários e 800 000 vendedoras pelo país. Uma de suas marcas pessoais é a
preocupação com a qualidade de vida de sua equipe. Procura saber se as pessoas
estão sobrecarregadas ou trabalhando além do horário e busca alternativas para
reduzir a pressão. Cultiva o hábito de circular pela empresa e conversar com
todos. Em 2002, ao tomar posse, reservou uma semana para ter contato olho no
olho com todos os funcionários, o que representou uma maratona de quatro a cinco
reuniões diárias com cerca de 200 pessoas na platéia por sessão. 'É fundamental
que os funcionários conheçam a estratégia da empresa e saibam da nossa visão
sobre o futuro do negócio', disse à revista VOCÊ S/A em março.
Ação: vá à luta
Em vez de esperar condições favoráveis para transformar seus sonhos em
realidade, os realizadores partem em direção a seus projetos e não poupam
esforços para encontrar os recursos e os meios necessários para a empreitada.
César Fernandes, ex-campeão carioca de motocross, tinha um desejo 'bem modesto':
morar num paraíso e ter uma qualidade de vida excelente, realizando um trabalho
do qual gostasse muito. Escolheu Búzios, onde pretendia montar algo diferente.
Mas o quê? Nas trilhas que fazia com sua moto descobria lugares lindos e
desconhecidos pela dificuldade de acesso. Começou a levar amigos mostrando
detalhes, curiosidades, histórias. E as pessoas ficavam extasiadas! Daí veio a
idéia de montar um city tour.
Na cidade havia passeios de escuna pelo lado norte da península. César Fernan
des criou o roteiro terrestre que faltava. Visita 23 praias com paisagens
inesquecíveis e quase selvagens. Em vez de ficar vendo tudo da janela de um
ônibus, os turistas fazem esse roteiro num caminhão aberto. 'Eu queria um
veículo que desse a sensação de liberdade, que as pessoas pudessem sentir o
vento, os cheiros da natureza, ouvir o mar e as gaivotas. Assim, inventei o
Búzios Trolley, com um veículo criado, desenhado, construído e patenteado por
mim apesar de vários engenheiros terem dito que meu projeto era impossível.'
A iniciativa foi um sucesso! César já possui três veículos, e o modelo de
passeio está sendo exportado para Cancún, no México. Fé em si mesmo, respeito ao
outro, constância nos objetivos e um planejamento cuidadoso (um business plan
estruturado) são o segredo de seu sucesso. Meu xará até se arrisca a dar uma
dica para iniciantes: o sonho é óbvio. 'Não requer anos de análise, viagens a
terras prometidas nem outras complicações. O sonho é a verdade que está dentro
de você. Então, descomplique! E não se assuste se em poucos minutos você
encontrar a resposta que procura.'
Sorte: empurrão do destino
Uma pessoa pode fazer tudo certo e ainda assim ver o seu projeto dar totalmente
errado. Grandes negócios podem surgir quase por acaso. É preciso estar no lugar
certo, na hora certa. A sorte diz respeito ao imponderável. Há pessoas que sabem
cavar a sorte e fazer a conexão certa. Para Richard Wiseman, professor de
psicologia da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, a sorte não é um
atributo mágico, um dom exclusivo das pessoas felizardas. No livro The Luck
Factor (O fator sorte), lançado no começo de 2003, Wiseman sustenta que as
pessoas sortudas apresentam quatro atitudes básicas:
1 - Criam oportunidades para que coisas boas aconteçam, maximizando suas
relações e iniciativas, abrindo-se a novas experiências e adotando uma postura
relaxada em relação à vida.
2 - Tendem a tomar decisões seguindo sua intuição.
3 - Acreditam que de fato terão boa sorte e insistem em seus objetivos.
4 - Lidam bem com adversidades, transformam notícias ruins em estímulo
para novas ações e atitudes e adotam uma postura mais otimista.
Você pode ter todas ou algumas dessas características. O importante é saber usar
bem aquelas que podem levá-lo adiante. A capacidade de suportar as adversidades
é uma das maiores qualidades do realizador de sonhos. Seja paciente, não se
deixe contaminar pela inveja ou calúnia alheias e aprenda a lidar com pessoas
difíceis. Supere ciúme, intrigas, boicotes. Seja generoso e empreendedor.
Cultive o equilíbrio entre a razão e a emoção.
Em momentos de dúvida, lembre-se: você é do tamanho de seus sonhos. Então, sonhe
com os olhos bem abertos. Cabeça nas nuvens, mas pés no chão. Faça acontecer.
Seja feliz .
Cesar Souza é sócio-diretor do Monitor Group, palestrante de renome
internacional e autor de Você É do Tamanho de Seus Sonhos: Estratégias
para Realizar Projetos Pessoais, Empresariais e Comunitários (editora Gente), a
ser publicado no fim de maio.