Aposentadoria - IR x Previdência privada: contratar planos para menores pede planejamento
As contratações de planos de previdência para menores cresceram 45,61% em
novembro do ano passado, na comparação com igual mês de 2006, segundo os últimos
dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
Os números mostram que os pais e responsáveis estão cada vez mais preocupados
com as finanças dos filhos, com o objetivo de garantir maior tranqüilidade
orçamentária no futuro, e também estão de olho nos benefícios fiscais de alguns
planos de previdência, como o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), por
exemplo.
No entanto, o responsável que quiser aproveitar as deduções permitidas pelos
PGBLs no Imposto de Renda, deve se planejar antes de assinar o contrato com uma
instituição financeira.
Como amansar o leão?
Os planos de previdência privada na modalidade PGBL permitem uma dedução de
até 12% dos seus rendimentos tributáveis no ano, na hora de declarar o imposto
de renda.
No entanto, no caso de planos contratados para os filhos, é necessário observar
muito bem o preenchimento da declaração, pois o benefício fiscal só é permitido
para o contribuinte que declara o menor como dependente e que, também, é
responsável pelo pagamento do plano. Por exemplo: se o pai for responsável pelo
custeio da previdência privada do filho, mas o menor entrar como dependente na
declaração da mãe, nenhum dos dois pode aproveitar a dedução.
"Antes de fechar o contrato, é importante verificar quem irá declarar a criança
como dependente no Imposto de Renda e, a partir daí, definir quem vai arcar com
o pagamento do plano", aconselha Fábio Rodrigues de Oliveira, consultor de
tributos federais da Fiscosoft.
De olho no IR do ano que vem
Para aproveitar do benefício fiscal já na declaração do IRPF deste ano, que
acontece entre março e abril, o contribuinte deveria ter feito a adesão ao plano
de previdência privada até o último dia útil do ano passado.
Quem perdeu o prazo, mas quer aproveitar das deduções no próximo ano, tem até
dezembro para aderir a um plano. No entanto, avalie se vale a pena. A conta é
simples: calcule seu rendimento anual, com a soma dos 12 meses de salário mais
os extras (como bonificações, férias e décimo terceiro) e invista 12%.
Por exemplo: uma pessoa que ganha R$ 3.000,00 ao mês, considerando-se ainda o
décimo terceiro, terá que dispor, durante o ano, de aproximadamente R$ 4.680,00
para que o investimento realizado possa ajudar no Imposto de Renda.
O cálculo mensal segue a mesma linha: quem recebe R$ 3.000,00 por mês deve
aplicar R$ 360,00 na previdência para aproveitar a vantagem fiscal.
Vale lembrar, também, que o benefício se dá apenas na modalidade PGBL. Quem
optar em contratar um plano na modalidade VGBL não usufruiu da dedução.
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