A competitividade tem levado as empresas a buscar forte crescimento por meio
da inovação, de processos de consolidação em seus setores com aproveitamento de
sinergias e da internacionalização. Essa dinâmica resulta em empresas com escala
de produção competitiva mundialmente e rentabilidade elevada, mas com aumento da
complexidade. Um desafio significativo de gestão.
Para lidar com isso e preservar a agilidade, eu e minha equipe definimos a visão
estratégica de onde a empresa quer chegar. E a comunicamos de maneira eficiente
e eficaz a todos na companhia. O importante aqui é assegurar a delegação, para
que cada líder esteja preparado para tomar as melhores decisões. Ou seja, um
sistema que proporcione criatividade na visão, priorização das ações e
disciplina na execução.
Atuar em ambientes de mudanças aceleradas exige que as decisões estejam próximas
dos clientes e do mercado, que é onde está o conhecimento. Assim é possível
entender o contexto local e as necessidades do comprador.
Naturalmente, devemos contar com um pool de talentos motivados para a empresa
ser bem-sucedida em sua missão. É indispensável ainda ter um sistema de gestão
do conhecimento, capaz de consolidar esse patrimônio intangível e as melhores
práticas, permitindo seu compartilhamento entre todos. Essa ferramenta é tão
importante quanto a simplicidade dos processos, o rigor dos mecanismos de
acompanhamento de desempenho e a partilha de resultados.
O exercício da liderança e a qualidade da relação entre líder e liderado aqui
são fatores igualmente decisivos para superar essa complexidade. A importância
de uma cultura empresarial sólida, embasada em valores como a confiança nas
pessoas, na sua criatividade e no seu desejo de desenvolver-se, fica ainda mais
evidente nos processos de internacionalização. Nesse contexto torna-se mais
fácil tomar decisões levando em consideração as peculiaridades da cultura do
país em que se atua. Em outras palavras, é a bússola que permite a todos remar
na mesma direção e manter o estilo próprio.