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Carreira / Emprego - Elegância no comportamento  

Data: 24/11/2008

 
 
Elegância no comportamento é diferente de elegância no vestir ou ter etiqueta; de usar trajes e acessórios bem combinados ou de luxo; ou seguir regras preestabelecidas de comportamento social. É algo que deve estar presente com a pessoa dia e noite com o “coração cabendo todos”: amigos, colegas de trabalho, subordinados, concorrentes, fornecedores, adversários políticos, “discordantes de opinião” etc.

Deve estar presente em todos; nos proprietários de empresas, nos executivos, nos profissionais de sucesso, nos operários, nos funcionários das empresas, nos homens públicos, nos produtores e trabalhadores rurais, nos servidores públicos em todos os níveis, nos comerciantes, nos comerciários, nos professores, nos alunos, nos industriários, nos círculos de amizade, nos namorados, nos casais... Enfim, deve estar presente em todos e na relação entre “uns e outros e outros e uns”.

Manifesta-se no acordar com um sorriso no rosto agradecendo a Deus por tudo de bom que vem acontecendo, desejando um bom dia “de coração” para todos, a começar de quem está a seu lado, “esquecendo” eventual ponto de discordância ou mal-estar que possa ter aparecido. Está na forma de se movimentar, de falar, de ouvir, na atenção, no reconhecimento e retribuição de uma gentileza e no cumprimento aos outros, independentemente do nível hierárquico ou posição social.

Revela-se na movimentação na rua, em quem cumprimenta aos demais indistintamente, que “fecha os cruzamentos” como se fosse a única pessoa com pressa, que não abusa da buzina e sendo paciente como aqueles que dificultam o seu percurso. Faz parte do chegar ao trabalho cumprimentando a todos e deixando para trás qualquer “stress” ou sentimento negativo em relação aos quais os outros não têm culpa.

Incorpa-se na pessoa que trata a todos na empresa como seres humanos, como gente, mais do que “aqueles” que têm obrigações a cumprir. Manifesta-se na pessoa que evita assuntos constrangedores; que é avessa a fofocas, mas que sabe ser assertiva, dar “feedback”, elogiar ou repreender no momento apropriado, da forma adequada à pessoa certa.

Está em quem respeita o trabalho realizado por um colaborador, não o desmerecendo como pessoa ou profissional quando a qualidade está abaixo do esperado, mas sabendo avaliar e junto com ele identificar pontos de melhoria. Faz-se presente no executivo que não se preocupa apenas em identificar e punir os responsáveis pelos “erros cometidos”, mas fundamentalmente achar em conjunto com seus colaboradores as formas de solucionar os problemas pelas suas causas e concentrar a energia na prevenção de reincidências.

Aparece nos executivos que dividem com a equipe os méritos pelo sucesso do departamento ou empresa. Nos empresários que não querem tudo para si, que sabem que os lucros e resultados foram alcançados também pelo esforço de seus colaboradores, e que eles merecem alguma forma de retribuição.

Acontece no compreender das situações adversas pelas quais pode estar passando seu próximo e entender reações externadas por ele, seja ele seu subordinado, amigo, parente, superior hierárquico ou um transeunte ou motorista do veículo próximo. Está no respeito às diferentes opções políticas, religiosas, esportivas ou sexuais, não fazendo delas motivos de chacota ou discriminação.

Ocorre em quem não faz brincadeiras de mau gosto ou desrespeitosas aos amigos, colegas de trabalho ou subordinados. Faz-se presente no executivo que trata os membros de sua equipe, não como subordinados, mas como colaboradores, parceiros e amigos. Que para si, para seu próprio bem e de seus funcionários, busca o equilíbrio entre trabalho, lazer e vida pessoal, respeitando o tempo que ele e os demais devem ter para cada uma dessas atividades.

Aparece em quem é discreto, que evita ouvir ou “entrar em conversa dos outros” e não fica olhando documentos ou coisas pessoais do próximo. Faz-se presente nos profissionais que não contam excessivamente vantagens de si, mas que se valorizam sem desmerecerem os demais. Aparece em quem não fuma perto dos outros, especialmente próximo aos não fumantes e que jamais fuma no local de trabalho.

Integra as pessoas que sempre são pontuais e, quando poderão se atrasar um pouco avisam aos demais. Está em saber usar o celular, não falando alto em ambientes fechados, não deixando tocar em reuniões ou treinamentos e, quando precisar utilizar em uma conversa, pedindo licença ao interlocutor. Manifesta-se em quem trata com elegância e respeito os tripulantes e demais passageiros do ônibus, avião, trem ou navio, mesmo que algo não esteja saindo a contento (eles provavelmente não terão culpa do que não esteja saindo bem).

Faz parte de quem responde às comunicações como cartas, telefonemas e e-mails, sejam de colaboradores internos, clientes ou pretendentes a fornecedores. Está no oferecer-se para ajudar a um colega que está com dificuldades no trabalho. Faz-se presente nas pessoas que demonstram interesse por assuntos que desconhecem, que presenteiam fora das datas festivas, que cumprem o que prometem, que não andam de “nariz empinado”, que sabem agradecer elogios e que sabem tratar o ser humano com humanidade e respeito.

Elegância no comportamento é algo que está sempre com a pessoa, associada ao seu “natural” e a acompanha o dia todo e em todos os momentos. Está em quem começa e termina todos os dias (e não só no fim de ano), desejando para si e para os demais o melhor durante todos os momentos, especialmente saúde, paz e amor.



 
Referência: rh.com.br
Autor: Flávio Martins da Costa
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