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Carreira / Emprego - Como desenvolver lideranças formais e informais  

Data: 14/11/2008

 
 
Com um mercado cada vez mais competitivo, as empresas necessitam de profissionais capacitados, que se enquadrem à cultura corporativa e atendam às expectativas do negócio. No entanto mesmo que a organização consiga captar e contratar esses talentos, deixá-los à deriva é quase um suicídio. Isso porque cada um poderá tomar um rumo em suas atividades e divergirem para objetivos completamente opostos. Resultado: está formada uma organização à deriva, sem rumo algum.

Para que isso não ocorra, hoje as empresas competitivas convidam profissionais que podem dar um norte aos profissionais e transformar grupos em equipes. É justamente nesse momento que entra em cena um personagem de destaque: a liderança. Entenda-se aqui por liderar, não o simples ato de delegar tarefas, mas sim de preparar profissionais para tomar decisões nas situações consideradas estressantes e estimular o desenvolvimento de novas competências, sejam técnicas quanto comportamentais.

Contudo, para ser liderar uma equipe não basta apenas assumir um cargo e tampouco ter boa vontade. É fundamental estar preparado para ser líder. Esse é um dos motivos que tem levado muitas empresas a estruturarem programas direcionados para quem está à frente das equipes, do comando do “barco”. Foi a partir dessa premissa que a Paraná Clínicas - operadora de planos de saúde empresarial, criada em 1970, localizada em Curitiba/Paraná - instituiu há quase dois anos o PDL - “Programa de Desenvolvimento de Lideranças”.

Como a empresa encontra-se em período de expansão, a direção aproveitou para investir nos profissionais da própria casa. Segundo Luciana Piva, superintendente de Pessoas e Processos de Gestão da Paraná Clínicas, os principais objetivos do PDL são: possibilitar o desenvolvimento de pessoas identificadas como talentos pela organização; preparar novos líderes e capacitar essas pessoas para assumir posições formais de liderança em médio e longo prazo. O público-alvo do programa incluiu todos os colaboradores diretos da empresa que atuavam nas áreas: Administrativa, Tecnologia da Informação, Finanças, Pessoas, Marketing e Médica (profissionais da saúde).

A coordenação do programa ficou sob a responsabilidade da área de Desenvolvimento de Pessoas, mas o mesmo estruturado em parceria com o Espaço Empreendedor – consultoria especializada que contrata profissionais para ministrar módulos conforme expertise na área.

Primeira fase do programa – O Programa de Desenvolvimento de Lideranças da Paraná Clínicas foi cuidadosamente estruturado. De acordo com France Selmer, coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas, as turmas são compostas por 30 colaboradores de diversas áreas organizacionais, inscritos pelos próprios gestores, mediante justificativas relativas ao histórico profissional, à performance e às perspectivas de desenvolvimento. Considerando que o numero de inscritos é, geralmente, maior do que o numero de vagas disponíveis, existe um processo seletivo, sendo a aprovação final realizada pelo presidente da Paraná Clínicas, Hamilton Leal Junior.

A estrutura foi desenhada com base nas competências de gestão da Paraná Clínicas – nas dimensões Pessoas, Estratégicas e Resultados, onde cada instrutor ministra um módulo dentro de sua expertise. Para o desenvolvimento destes módulos, são reunidos instrutores com ampla experiência em docência em instituições renomadas de nível superior, como FAE, FGV, PUC e UFPR, destacando-se as participação de Marilda Corbelini, Eunice do Nascimento, Dante Quadros, Pedro Steiner e Eloi Zanetti.

Temáticas abordadas - “O programa fornece técnicas e caminhos de eficácia comprovada no gerenciamento de todo tipo de recursos de uma organização, capacitando-os a níveis superiores de responsabilidade”, destaca France Selmer, ao revelar que além dos trabalhos clássicos sobre liderança, equipes, planejamento e organização, a teoria focaliza de maneira tangível competências relacionadas aos temas:

- Cultura Organizacional e Processos de Mudança.
- Comunicação e feedback.
- Administração e negociação de relacionamentos.
- Fortalecimentos de negócios e equipes através de idéias.
- Criatividade e Inovação.
- Gerenciamento de Projetos e Orçamentos.
- Processos de tomadas de decisões.
- Função de líder e seu papel na organização.

Vale destacar que os módulos são desenvolvidos em oito encontros, realizados em sextas-feiras alternadas, no período da manhã. Cada um, por sua vez, tem a duração de quatro horas, sendo necessária uma freqüência mínima de 75% para obtenção do certificador emitido pela UCP – Universidade Corporativa Paraná Clínicas.

O papel dos líderes:
  • Dar e receber feedback.

  • Estimular a comunicação interna com integridade.

  • Fortalecer o relacionamento interpessoal.

  • Agentes disseminadores do conhecimento.

  • Incentivar a criatividade da equipe.

Concomitantemente às aulas teóricas são propostos desafios que estimulem o desenvolvimento de competências de liderança. France Selmer cita, por exemplo, a tarefa de mobilizar equipes de trabalho a participar de eventos corporativos, ou ainda desenvolver ações ou campanhas de Responsabilidade Social. “Partindo do princípio que um líder é aquele que direciona, constrói equipes e inspira outras pessoas por meio de exemplos e palavras. Considerando que para liderar não bastam apenas as qualidades do líder, mas é necessário haver uma situação onde o clima social e os objetivos passam a ser fatores predominantes. Assim, comprometidos com a Política de Responsabilidade Social da Paraná Clínicas, é fundamental que os futuros líderes estejam engajados em todos os desafios”, afirma a coordenadora de Desenvolvimento Pessoal.

Ao final do primeiro ciclo do programa (teórico) é desenvolvido o “Seminário de Lideranças, onde os temas apresentados ao longo do curso são multiplicados para toda a organização. Não existe formato pré-estabelecido às apresentações, podendo as equipes utilizar de toda a criatividade, estando disponível a infra-estrutura de treinamento da organização. A apresentação de um tema no seminário é o meio pelo qual a empresa avalia a performance e certifica a participação de cada integrante no Programa de Formação de Lideranças.

O segundo ciclo do PDL - A segunda etapa do programa consiste em promover a capacitação dos futuros líderes em tema e atividades voltados ao negócio da Paraná Clínicas. Para isso, os profissionais são convidados a participar do Programa “Conhecendo a Paraná Clínicas”, onde têm a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre diferentes áreas organizacionais. “Aos colaboradores que obtiveram as melhores classificações de desempenho no ciclo anterior, é concedida a oportunidade de participar do “Grupo de Discussão e Projetos” - coordenados no nível estratégico da organização. Paralelamente, são disparadas avaliações de perfil profissional com o objetivo de identificar a compatibilidade destes colaboradores em eventuais oportunidades profissionais para cargos de gestão”, resume France Selmer.

Competências estratégicas – Dentro da estrutura voltada para o desenvolvimento dos líderes, a organização também trabalha com o que chama de “competências estratégicas”. Estas, por sua vez, envolvem conhecimentos, habilidades e atitudes. Na prática, mexem com os comportamentos dos líderes para o alcance dos resultados esperados pela empresa. As competências estratégicas são doze, divididas em três grupos:

1 - Competências de Gestão de Pessoas: parceria integradora; liderança servidora; comunicação com integridade; relacionamento interpessoal; gestão do cliente interno e externo.
2 - Competências de Estratégia: visão sistêmica; inovação e planejamento.
3 - Competências de Resultado: foco; gestão de processos; pró-atividade; gestão de projetos.

Resistência ao programa – Quando questionada se os líderes da organização apresentaram algum tipo de oposição à iniciativa, uma vez que os tirou da chamada zona de conforto, a superintendente Luciana Piva diz que para os líderes formais não foram manifestadas resistências. “Houve, sim, interesse desses líderes de que houvesse treinamentos no mesmo modelo para o grupo gerencial. Assim, foi construído o Programa de Desenvolvimento Gerencial deste ano nas mesmas bases ao de liderança, porém, mais avançado”, complementa.

É importante destacar que o PDL da Paraná Clínicas é realizado em estruturas de treinamento, como anfiteatros e salas de aula. Além disso, envolve atividades externas, internas aos ambientes da empresa e em entidades sociais. Vale destacar que o programa é desenvolvido durante o expediente de trabalho.

Lideranças informais - Outra característica da política de Gestão de Pessoas da Paraná Clínicas é o fato da organização também investir nos líderes informais, ou seja, pessoas que se destacam pelo desempenho e pela influência na equipe. Luciana Piva comenta, inclusive, que esses profissionais já apresentam o que a empresa identifica como base do perfil de líder; atuam como influenciadores do comportamento das equipes; têm determinação e comprometimento com a empresa, além de alavancarem resultados das equipes. Ela chega a comentar que para os lideres informais, o programa é visto como um certo “status” a quem participa. E este é um resultado planejado na construção da iniciativa. Por outro lado, provoca em quem não entrou na turma, o interesse e o desejo de participar na próxima edição. A receptividade dos líderes - em relação aos investimentos destinados a - eles tem sido ótima. “Os treinamentos e atividades são avaliados sistematicamente, evidenciando alta satisfação dos participantes. A freqüência tem sido sempre superior a 90%”, comemora Luciana Piva.

Avaliação do PDL – Como em qualquer investimento, a empresa precisa saber o retorno que o mesmo dará ou não. Nesse sentido, a Paraná Clínicas realiza a avaliação de desempenho individual de cada participante do Programa de Formação de Lideranças, bem como o mapeamento de perfil profissional. Existe ainda uma monitoração dos dados de desenvolvimento dos líderes em formação, como participação em treinamentos e desenvolvimento escolar, visando a alavancagem na carreira.

Os principais indicadores do programa são os percentuais de líderes em formação em relação ao total de colaboradores, bem como o índice de aproveitamento destes líderes em formação em relação às oportunidades profissionais para cargos de gestão. “Dentro em breve passaremos a ter maior eficácia em processos de recrutamento interno, especialmente em cargos estratégicos, pois estamos desenvolvendo um quadro de profissionais com competências diferenciadas daqueles que hoje estão disponíveis no mercado de trabalho”, conclui a coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas, France Selmer, ao ressaltar que a reposição dos cargos de liderança ocorrida internamente minimiza custos e otimiza resultados.



 
Referência: rh.com.br
Autor: Patrícia Bispo
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