Atletas buscam superação e vitória. Executivos também. Os primeiros usam a
sabedoria, a serenidade e a persistência para chegar lá. Se, unido a isso, o
executivo conhecer seus pontos fortes e fracos e compreender as relações
humanas, pode tornar-se um craque corporativo.
"As pessoas precisam entender que são capazes e fazem a diferença. Sozinhos,
porém, não fazemos nada", diz Marcos Baumgartner, consultor da área de
administração e negócios do Senac-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem
Comercial).
O paralelo com o mundo esportivo não é à toa. Ele pode dar pistas que auxiliam o
executivo a direcionar a sua carreira. Entre as diversas características para
valorizar o passe no mercado e conseguir "empolgar a torcida", o profissional
deve, antes de entrar em campo, focar suas ações nos resultados e ter um bom
esquema tático. Para se diferenciar no jogo, é imprescindível correr riscos.
"Os resultados significativos só são atingidos quando se aposta alto e se tem
conhecimento das capacidades e competências pessoais. Muitos atletas não vão
para uma Olimpíada por não se acharem capazes", diz Baumgartner.
Para Silvina Ramal, professora de planejamento de negócios da PUC-RJ (Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro), o futebol é um reflexo da sociedade
corporativa: todos querem ter um super-homem, aquele que ultrapassa as metas.
Mas, hoje, as organizações tem de ser muito ágeis, e isso só é possível com o
trabalho em equipe.
Wanderley Vieira, 37, diretor comercial de novos negócios da ITXL, empresa de
tecnologia, percebeu a diferença que um time bem montado faz à carreira. Ele,
que trocou de emprego há quatro meses, diz que hoje se sente mais valorizado.
"Na antiga empresa, não tinha o suporte necessário para atingir resultados
melhores."