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Como agir - Móveis: o melhor é prevenir 

Data: 30/05/2007

 
 

Móveis: o melhor é prevenir
Consumidor deve exigir nota fiscal detalhada, com todos os itens discriminados, para depois ter como se defender. Setor é campeão de reclamações no Procon

 

A estante não é entregue no dia combinado. O sofá na loja era preto, mas o que chegou é marrom. Para tentar evitar esses e outros aborrecimentos na hora de comprar móveis, o consumidor deve fazer a sua parte: exigir nota fiscal detalhada e procurar se informar sobre a idoneidade da empresa.

No documento deve constar tudo o que foi combinado verbalmente: datas de entrega e montagem e forma de pagamento não podem ser ignoradas. Cor, modelo, tipo de material e padronagem do produto devidamente descritos na nota dificultam os corriqueiros enganos dos fornecedores. "Uma descrição esmiuçada é a melhor maneira de o consumidor cobrar seus direitos", diz Maria Inês Fornazaro, diretora-executiva do Procon.

De janeiro a julho deste ano, o órgão registrou 3.658 consultas e 1.715 reclamações do setor, o campeão de registros na área de produtos. "Estamos tentando um acordo com o Sindicato da Indústria Moveleira para que o consumidor não seja mais lesado."

Vistoria

Ao receber o móvel, o consumidor deve verificar se não há defeitos. O Código de Defesa do Consumidor dá 90 dias para a pessoa reclamar e 30 dias para a empresa resolver o problema. Expirado o prazo, é direito seu exigir o dinheiro de volta, a substituição do móvel ou um abatimento proporcional no preço. Essas opções também são válidas no caso de não-entrega no prazo.

O bancário Alfredo Candido Gomes, de 34 anos, comprou um sofá na loja Estilo e Sedução em Arte e Decoração, no Jabaquara, em 18 de junho. Até hoje não recebeu. O prazo de entrega era de 30 dias. Perto da data, foi informado de que o móvel chegaria chegaria depois, em 26 de julho. "Aí prometeram entregar em 2 de agosto." Depois, adiaram para o dia 9. Até que o contato por telefone foi interrompido. "Disseram que a loja tinha sido vendida." O JT localizou, na quarta-feita, o proprietário da loja, Antonio Dias Abrantes Filho, que prometeu solucionar o caso. "Estou enfrentando problemas administrativos, mas me comprometo a resolver esse impasse."

A reportagem apurou que outros consumidores também pagaram e não receberam seus móveis. "Eles podem ir à loja da Rua Joaquim Marra, 1.720, das 9h às 19h, para tentar um acordo", disse Abrantes. Ontem, por volta das 11h, a loja estava fechada. Quem foi lesado pode procurar o Procon ou o Juizado de Pequenas Causas.



 
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