Como agir - Móveis: o melhor é prevenir
Móveis: o melhor é
prevenir
Consumidor deve exigir nota fiscal detalhada, com todos os itens discriminados,
para depois ter como se defender. Setor é campeão de reclamações no Procon
A estante não é entregue no dia combinado. O sofá na loja era
preto, mas o que chegou é marrom. Para tentar evitar esses e outros
aborrecimentos na hora de comprar móveis, o consumidor deve fazer a sua parte:
exigir nota fiscal detalhada e procurar se informar sobre a idoneidade da
empresa.
No documento deve constar tudo o que foi combinado verbalmente: datas de entrega
e montagem e forma de pagamento não podem ser ignoradas. Cor, modelo, tipo de
material e padronagem do produto devidamente descritos na nota dificultam os
corriqueiros enganos dos fornecedores. "Uma descrição esmiuçada é a melhor
maneira de o consumidor cobrar seus direitos", diz Maria Inês Fornazaro,
diretora-executiva do Procon.
De janeiro a julho deste ano, o órgão registrou 3.658 consultas e 1.715
reclamações do setor, o campeão de registros na área de produtos. "Estamos
tentando um acordo com o Sindicato da Indústria Moveleira para que o consumidor
não seja mais lesado."
Vistoria
Ao receber o móvel, o consumidor deve verificar se não há defeitos. O Código de
Defesa do Consumidor dá 90 dias para a pessoa reclamar e 30 dias para a empresa
resolver o problema. Expirado o prazo, é direito seu exigir o dinheiro de volta,
a substituição do móvel ou um abatimento proporcional no preço. Essas opções
também são válidas no caso de não-entrega no prazo.
O bancário Alfredo Candido Gomes, de 34 anos, comprou um sofá na loja Estilo e
Sedução em Arte e Decoração, no Jabaquara, em 18 de junho. Até hoje não recebeu.
O prazo de entrega era de 30 dias. Perto da data, foi informado de que o móvel
chegaria chegaria depois, em 26 de julho. "Aí prometeram entregar em 2 de
agosto." Depois, adiaram para o dia 9. Até que o contato por telefone foi
interrompido. "Disseram que a loja tinha sido vendida." O JT localizou,
na quarta-feita, o proprietário da loja, Antonio Dias Abrantes Filho, que
prometeu solucionar o caso. "Estou enfrentando problemas administrativos, mas me
comprometo a resolver esse impasse."
A reportagem apurou que outros consumidores também pagaram e não receberam seus
móveis. "Eles podem ir à loja da Rua Joaquim Marra, 1.720, das 9h às 19h, para
tentar um acordo", disse Abrantes. Ontem, por volta das 11h, a loja estava
fechada. Quem foi lesado pode procurar o Procon ou o Juizado de Pequenas Causas.
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