“O sucesso não ocorre por acaso, ele é resultado de
planejamento, preparação e aproveitamento de oportunidades”
Existe um conjunto de comportamentos profissionais que devem ser
desenvolvidos, para que um profissional possa obter melhor desempenho no seu
trabalho, e com isto alcançar maior sucesso e reconhecimento profissional. É o
que podemos chamar de “Inteligência Profissional”.
Quando lançou em 1995, o livro “Inteligência Emocional”, (Editora
Campos/Elsevier), o psicólogo americano Daniel Goleman já alertava para a
importância e a necessidade das pessoas desenvolverem o QE, quociente emocional,
como forma obterem melhor desempenho em suas vidas particular e profissional, no
lugar de priorizarem apenas o desenvolvimento do seu QI, quociente de
inteligência.
Segundo o psicólogo, o QE, quociente emocional, é um índice que avalia
competências pessoais como:
- Capacidade de auto motivação;
- Estabilidade emocional;
- Autoconfiança;
- Criatividade;
- Comunicação interpessoal;
- Liderança;
- E pro - atividade, entre outras competências.
Portanto, para obter melhor inteligência emocional é necessário que a pessoa
possa desenvolver estas competências citadas.
Em 2006, o autor voltou a publicar outro livro denominado “Inteligência
Social”, (Editora Campos/Elsevier), onde expande o conceito da “Inteligência
Emocional” para as relações interpessoais, mostrando que ser inteligente
socialmente é usar todos os recursos da “inteligência emocional” nas relações
interpessoais, de forma a perceber e interpretar os sinais não verbais do
comportamento humano, e agir com “inteligência social” para obter um melhor
resultado desta interação e alcançar objetivos sociais mais satisfatórios.
Aspectos relevantes da inteligência social seriam:
- Empatia;
- Captação de sinais não verbais do comportamento humano;
- Harmonia nas relações interpessoais;
- Respeito às emoções e sentimentos alheios;
- Equilíbrio entre competitividade no trabalho e qualidade de vida.
A maior parte destes aspectos comportamentais já havia sido abordada pelos
criadores da Programação Neurolingüistica – PNL, Richard Bandler e John Grinder,
em obras como “Sapos em Príncipes”(1982), e “Resignificação” (1986), ambas
publicadas pela Editora Record.
Segundo a PNL, um processo de comunicação interpessoal se dá através da
linguagem verbal e linguagem não verbal. Sendo que a linguagem não verbal
engloba processos sutis como tom de voz, expressão facial, postura corporal e
metáforas incluídas na comunicação, entre outros comportamentos. São formas de
comunicar pensamentos que independem de uma decisão consciente, e por isso
expressam a verdade da pessoa que está se comunicando, de forma muito mais real.
Aprender a interpretar a leitura deste tipo de comunicação é fundamental para
compreender o comportamento das pessoas, e, assim, poder utilizar estas
informações de maneira inteligente nas relações interpessoais.
Em minha experiência empresarial, e como consultor de marketing pessoal e
gestão de carreira, estou reiteradamente confirmando que o sucesso pessoal e
profissional depende tanto de qualidades relacionadas às inteligências emocional
e social, quanto às competências inerentes à especialização do profissional.
O somatório destas competências, “Inteligência Emocional”, “Inteligência
Social” e “Competência Técnica” conjugados e direcionados para um melhor
desempenho profissional poderia ser chamado de “Inteligência Profissional”.
As principais características da inteligência profissional são:
- Desenvolver competência técnica em setores essenciais de suas funções
profissionais;
- Desenvolver sua inteligência social para conquistar o apoio de
colaboradores no desempenho de suas funções;
- Desenvolver sua inteligência emocional para otimizar seu próprio
desempenho profissional.
Por isto, sustentamos que um profissional para ser bem sucedido precisa
desenvolver, além da competência em sua área de especialização, também sua
Inteligência emocional e inteligência social.
Por exemplo, encontramos diversos tipos de chefias desajustadas às
características e possibilidades profissionais de sua equipe e da organização,
que provocam influências negativas na produtividade do setor em que atuam. São
chefes centralizadores ou incompetentes, omissos ou paranóicos, irresponsáveis
ou preguiçosos, enfim, profissionais que demonstram baixo quociente de
inteligência profissional. Prejudicam a si próprios, aos seus colaboradores e a
organização em que trabalham.
Também encontramos vários tipos de profissionais com baixo índice de
Inteligência Profissional, que não conseguem construir uma carreira de
sucesso em sua organização, porque lhes falta uma ou várias das competências
necessárias para um desempenho satisfatório. Por vezes, são capacitados
tecnicamente, mas não conseguem trabalhar em equipe, falta-lhes a
inteligência social. Outras vezes, sua carência maior está no baixo grau de
inteligência emocional, pois são pessoas instáveis, mal humoradas ou
desmotivadas.
Vamos apresentar alguns parâmetros que servirão de base para um profissional
avaliar seu grau de inteligência profissional, e também para a organização
avaliar o grau de inteligência profissional de seus colaboradores.
Pessoas com inteligência profissional apresentam as seguintes
características:
- estabilizadas emocionalmente;
- motivadas;
- boa comunicação interpessoal;
- bom relacionamento interpessoal,
- dispensam atenção e interesse aos colegas de trabalho;
- esforçam-se por trabalhar em equipe;
- espírito de iniciativa e liderança;
- conseguem perceber as reações não verbais de colegas de trabalho;
- têm objetivos pessoais e profissionais definidos;
- têm um plano de gestão de carreira;
- têm um plano de marketing pessoal;
- orientam sua carreira profissional com se fossem uma empresa;
- orientadas para o sucesso, mas saber conviver com a possibilidade de
eventuais fracassos.
A inteligência profissional é uma nova maneira de pensar nossa condição
profissional. É uma forma inteligente de utilizarmos nosso raciocínio,
competências adquiridas, habilidades natas, força interior e capacidade de nos
relacionarmos com a sociedade de maneira organizada e com planejamento, para
alcançar objetivos profissionais. Como escrevemos no inicio deste texto, “O
sucesso não ocorre por acaso, ele é resultado de planejamento, preparação e
aproveitamento de oportunidades”.