Em todos os períodos do ano, o consumidor se depara com liquidações e
promoções no comércio. E diante da oportunidade de pagar mais barato, muitos se
rendem a comprar.
Mas, antes de pensar em gastar, o consumidor deve saber qual a intenção destes
dois tipos de práticas comuns no comércio, para que saiba aproveitá-las com
eficiência e sair em vantagem, sem prejudicar seu bolso.
Queima de estoque
De acordo com o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emílio
Alfieri, a liquidação nada mais é do que o momento em que houve uma "sobra" no
estoque do comerciante que ele quer vender.
"Ele ainda está com roupas de inverno, por exemplo, e tem que colocar peças de
verão. Precisa vender e diminui os preços para isso", disse o economista.
Exemplo
Como exemplo para a liquidação, ele citou a Copa do Mundo do ano passado, quando
os lojistas abasteceram os estoques com televisores, mas com a eliminação
antecipada do Brasil, as vendas deste tipo de produto esfriaram.
"Todo mundo tinha comprado TV porque pensavam que o Brasil iria estar na final e
os vendedores se abasteceram. Ele saiu da Copa e aí foi a grande liquidação do
ano, não a do Natal, que é a mais comum", explicou.
Estar atento a este tipo de comportamento poderá fazer com que você tenha
grandes oportunidades. Outro ponto a ser analisado é a mudança de tempo, que
fará com que os lojistas queiram se desfazer de peças de outra estação.
Preços e prazos facilitados
Enquanto na liquidação o consumidor encontra facilidade somente nos preços, na
promoção, ele pode encontrar prazos mais longos de pagamento, explicou Alfieri.
"A promoção é feita junto com a indústria, porque é a vontade do comerciante e
do fabricante de esquentar as vendas, mas também com facilidades de prazos",
disse o economista.
Prática
Na teoria, a liquidação e a promoção são diferentes, mas, como o primeiro nome
causa mais impacto entre os consumidores, os lojistas costumam usá-lo mais.
Independentemente do tipo de facilidade que terá, Alfieri redomenda que o
consumidor compare bastante, antes de aderir à promoção ou à liquidação. "Como a
economia está bastante estável, o consumidor já possui memória de preços, o que
é importante na hora da compra", disse.
Além disso, de nada adianta comprar mais barato, se o consumidor está com o
orçamento apertado. Consumir não deve ser prioridade para quem está com dívidas
e, se esse é o seu caso, passe longe da tentação.