Hoje, fala-se muito em criatividade, competência indispensável à inovação.
Mas, afinal qual a definição mais exata do que seja criatividade? Após vários
conceitos pesquisados optei por registrar aqui o apontado pelo Método Wolf:
CRIATIVIDADE É A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE FORMA ORIGINAL E COM VALOR
RECONHECIDO.
Certamente esse é o perfil que almejamos para os profissionais das
empresas que gerenciamos. Mas, onde buscar esses profissionais? Infelizmente, a
realidade é que as Universidades se tornaram fábricas de desempregados. As
pesquisas apontam que existe uma grande demanda no mercado de trabalho por
profissionais criativos e inovadores e vagas que não conseguem ser preenchidas,
pois são milhares de profissionais despreparados para a complexidade e
versatilidade que se requer hoje em qualquer profissão. Ou seja, profissionais
commodities que não possuem o reconhecimento pelo mercado deste potencial
criativo, capaz de inovar com originalidade.
Nosso processo de capacitação profissional possui vários vícios e o maior deles
é valorizar a memorização do conhecimento e dos processos de trabalho sem uma
participação ativa como protagonista na criação e avaliação dos processos. Tudo
isso em detrimento do pensar. Os programas de Desenvolvimento e Capacitação,
após diversas iniciativas continuam sendo a da educação depositária.
O potencial criativo do profissional é inibido e bloqueado por ausência de
estímulo e motivação no exercício da função. Os métodos de treinamento não focam
a formação integral do sujeito. A imaginação é algo que fica fora dos muros das
empresas. O profissional se forma sem o menor preparo para enfrentar o ato
criativo e por sua vez, não aprende no exercício da profissão. Portanto, é
também um desafio para as organizações aprofundarem as ferramentas e
metodologias de desbloqueio para alavancar múltiplas abordagens em seus
programas com a solução de problemas.
Num modelo de educação massiva, com tendência a subestimar as capacidades
criativas do aluno e mais tarde do profissional, propiciando a vitalidade de
ambos buscarem um pensamento criativo e divergente não venceremos os desafios de
um mundo em constantes mudanças.
A Profª Eunice Alencar, da Universidade Católica de Brasília e pesquisadora
sobre o processo de criatividade, desmistifica alguns dos principais mitos no
processo de aprendizagem:
• O de que a criatividade é um dom, privilégio de poucos. Sinalizando que todo
indivíduo nasce com o potencial criativo e durante a sua trajetória de vida esse
potencial pode ser estimulado e desenvolvido ou inibido e castrado;
• Consiste em um insight, inspiração que ocorre sem razão explicável;
• A receita de como se tornar criativo não existe e não se pode aferir onde
nasce ou termina o processo de criação.
A proposta da educação continuada no mundo contemporâneo precisa contemplar a
reconstrução desse potencial, num ambiente inspirado em que o facilitador e o
profissional tenham liberdade e vitalidade para ousar.
Sabendo que a criatividade é um processo humano natural, qual o caminho da
reconstrução? Primeiramente há a necessidade de se mapear os obstáculos, sejam
eles de natureza social ou emocional, que severamente inibem a criação.
Pesquisar os conceitos equivocados e ultrapassados que podem estar profundamente
arraigados dentro de cada um de nós e conseqüentemente nas práticas
empresariais.
Desenvolver um programa de capacitação de gestores com o objetivo de sanar as
lacunas de sua própria formação e dar-lhes condições mais favoráveis para o
desenvolvimento de suas próprias habilidades de inovar em posição de liderança,
e ao mesmo tempo, dar um espaço maior para desenvolver o seu potencial criador.
Assim, terá o profissional condições de impactar a formação profissional dos
seus colaboradores.
Um processo de capacitação com essa abordagem deverá fazer com que os
profissionais:
• Estimulem seus liderados para a construção de um pensamento divergente e
criativo;
• Promova a auto-estima;
• Reconheça os componentes básicos de um profissional criativo: EXPERTIZE +
HABILIDADES + COMPETÊNCIAS.