É bastante comum que você cometa erros na alocação dos seus
recursos, caso tome suas decisões de forma impulsiva e não com base em uma
análise mais detalhada do objetivo que pretende alcançar. Porém, algumas
medidas, se observadas, podem ajudá-lo a evitar que isso aconteça:
Estabeleça uma estratégia de investimento
O primeiro passo a ser tomado na hora de investir seu dinheiro é estabelecer o
que chamamos de uma estratégia de investimento, ou seja, um
objetivo do que quer alcançar. Afinal de contas, você precisa definir se sua
intenção é acumular o suficiente para comprar uma
casa, carro, ou se quer simplesmente investir para, no futuro, ter um
patrimônio que lhe garanta uma melhor qualidade de vida.
Com base na resposta a estas perguntas, você poderá definir melhor algumas das
principais variáveis para se estabelecer uma estratégia de investimento: quanto
tempo pretende deixar o dinheiro aplicado, que tipo de
risco está disposto a correr e quanto poderá dispor para o investimento.
É esta estratégia que deve guiar suas decisões de investimento e não os rumores
ou oscilações do mercado. Isto não quer dizer que você nunca deve rever a forma
com que aplica seu dinheiro, mas sim que, ao rever a alocação dos seus
investimentos, você deve sempre priorizar aplicações que estejam de acordo com a
sua estratégia, seus objetivos.
Lembre-se que a maior parte das estratégias bem-sucedidas de investimento inclui
algum tipo de realocação de ativos, porém quase nenhuma inclui uma mudança de
critérios ou de estratégia.
Seja consistente e não emocional
Consistência é a marca dos grandes investidores, é o que os separa dos demais
participantes do mercado. Se
você adota uma estratégia de forma consistente, então certamente estará à
frente dos investidores que entram e saem do mercado, mudam de tática no meio do
caminho, e constantemente estão em dúvida quanto à estratégia que adotaram.
Em outras palavras, se sua estratégia de investimento foi definida com o
objetivo de comprar uma casa daqui a dois anos, é isto que deve definir a forma
com que aplica seu dinheiro. Neste caso, o fato da maioria das pessoas estar
migrando para a
bolsa não deve alterar a forma com que aplica seu dinheiro, que deve seguir
preferencialmente direcionada para aplicações de menor risco, como as em renda
fixa.
Além disto, quando o assunto é investimento, geralmente quem segue o que a
maioria está fazendo acaba perdendo dinheiro. Nada de tomar decisões com base no
impulso, as chances de você sair perdendo são enormes! Pense que mudar de uma
aplicação para outra pode custar dinheiro, pois você tem que pagar impostos,
CPMF e muitas vezes não compensa o retorno marginal obtido. Investir exige calma
e paciência. Mantenha-se
informado.
Risco e retorno andam de mãos dadas
Independente do seu perfil de risco, quem está começando agora deve ter mais
cautela e adotar uma estratégia mais conservadora de investimento, pelo menos
até ter acumulado um patrimônio mais significativo. O raciocínio por trás desta
regra é o mesmo para quem está aprendendo a dirigir, mergulhar, etc. Não vale a
pena correr riscos desnecessários até que você já esteja mais familiarizado com
o assunto.
Lembre-se que risco e retorno andam de mãos dadas. Ou seja, você não pode
estabelecer como estratégia maximizar o retorno dos seus investimentos, antes de
ter definido que tipo de risco está disposto a correr. Afinal, se você não tem
apetite para risco, de nada adianta o mercado acionário ser mais rentável no
longo prazo, pois você não vai ter a tranqüilidade de agüentar os momentos de
forte volatilidade.
Exatamente por isto os investidores mais experientes, o que inclui os gestores
de fundos, trabalham com o conceito de retorno ajustado para o risco. Ou seja,
não analisam o retorno absoluto da aplicação, mas sim este retorno ajustado para
a volatilidade da aplicação. Este tipo de análise permite que o investidor
identifique a aplicação que lhe propicia o melhor retorno para o risco que está
disposto a assumir