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Investimentos / Fundos - Emoções e investimentos: uma combinação perigosa  

Data: 18/09/2008

 
 

Muitas pessoas têm um viés de investimento que acaba comprometendo a sua tomada de decisão e, conseqüentemente, o alcance das suas metas financeiras.

Além de se manter informado e respeitar o seu perfil, quando o assunto é investimento, uma outra ferramenta deve ser levada em consideração: seu equilíbrio emocional.

Isso porque estamos falando de tomar decisões que podem afetar bastante o seu patrimônio e todo cuidado é bem-vindo. Se você acha que, para investir bem, basta seguir as tendências de mercado e acompanhar de perto o que amigos e parentes têm feito, cuidado! É preciso buscar o maior número de elementos que lhe garantam segurança e pé-no-chão para investir.

A emoção influencia sua forma de decidir?

A resposta é sim. Muitas pessoas têm um viés de investimento que acaba comprometendo a sua tomada de decisão e, conseqüentemente, o alcance das suas metas financeiras. Boa parte desses vieses tem origem em fatores emocionais e psicológicos, e cabe ao investidor tentar entendê-los, para então superá-los.

Esse viés, em geral, está bastante relacionado ao perfil psicológico como investidor. A relação entre fatores psicológicos e investimentos já foi abordada em vários livros, sendo que um dos mais conhecidos é o do autor John Nofsinger, cujo título "Loucura ao investir: como fatores psicológicos podem afetar seus investimentos" deixa claro que fatores emocionais podem afetar a tomada de decisão.

O viés do investidor pode ser descrito como a incapacidade de refletir de maneira clara sobre suas decisões de investimento. Ela se manifesta de várias formas distintas:
Excesso de auto-confiança: O investidor excessivamente auto-confiante tende a tomar decisões precipitadas pelo simples fato de que está sob a ilusão de que tem todo o conhecimento necessário e pode controlar a situação. Em geral, são investidores que negociam freqüentemente suas aplicações e estão mais propensos a correr riscos.

  • Apego excessivo: Muitos investidores acabam se apegando a um tipo de aplicação e, por conta disso, não conseguem avaliá-la de forma clara, passando a enfatizar apenas o lado bom da opção, ignorando suas desvantagens.
     
  • Quer um exemplo? Essa tendência é bastante comum no caso de imóveis onde, por apego emocional, deixa-se de fazer uma análise clara do investimento. É o caso de uma casa que está na família há algumas gerações. Vendê-la se torna uma alternativa fora de questão, mesmo que, financeiramente, represente um excelente negócio.
     
  • Incapacidade de mudar: Todo investidor deve ser consistente com a estratégia que definiu. Isso não significa, porém, continuar nessa trajetória pelo resto da vida! É importante rever, de tempos em tempos, sua decisão de investimento.

Quando as emoções prevalecem

Não podemos esquecer que o cérebro de cada um de nós tem uma forma toda especial de trabalhar. E, em alguns casos, é possível que o indivíduo tenha de fato uma dificuldade para tomar decisões de investimento.

Muitas vezes o viés é resultado do equilíbrio emocional de cada pessoa. Se você acredita que possa ter algum tipo de viés na hora de investir, reflita um pouco sobre o assunto e tente verificar se isso está, ou não, afetando a forma como você aplica, ou pretende aplicar, o seu dinheiro. Boa sorte!



 
Referência: financaspraticas.com
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