Investimentos / Fundos - Emoções e investimentos: uma combinação perigosa
Muitas pessoas têm um viés de investimento que acaba comprometendo a sua
tomada de decisão e, conseqüentemente, o alcance das suas metas financeiras.
Além de se manter informado e respeitar o seu perfil, quando o assunto é
investimento, uma outra ferramenta deve ser levada em consideração: seu
equilíbrio emocional.
Isso porque estamos falando de tomar decisões que podem afetar bastante o seu
patrimônio e todo cuidado é bem-vindo. Se você acha que, para investir bem,
basta seguir as tendências de mercado e acompanhar de perto o que amigos e
parentes têm feito, cuidado! É preciso buscar o maior número de elementos que
lhe garantam segurança e pé-no-chão para investir.
A emoção influencia sua forma de decidir?
A resposta é sim. Muitas pessoas têm um viés de investimento que acaba
comprometendo a sua tomada de decisão e, conseqüentemente, o alcance das suas
metas financeiras. Boa parte desses vieses tem origem em fatores emocionais e
psicológicos, e cabe ao investidor tentar entendê-los, para então superá-los.
Esse viés, em geral, está bastante relacionado ao perfil psicológico como
investidor. A relação entre fatores psicológicos e investimentos já foi abordada
em vários livros, sendo que um dos mais conhecidos é o do autor John Nofsinger,
cujo título "Loucura ao investir: como fatores psicológicos podem afetar seus
investimentos" deixa claro que fatores emocionais podem afetar a tomada de
decisão.
O viés do investidor pode ser descrito como a incapacidade de refletir de
maneira clara sobre suas decisões de investimento. Ela se manifesta de várias
formas distintas:
Excesso de auto-confiança: O investidor excessivamente auto-confiante tende a
tomar decisões precipitadas pelo simples fato de que está sob a ilusão de que
tem todo o conhecimento necessário e pode controlar a situação. Em geral, são
investidores que negociam freqüentemente suas aplicações e estão mais propensos
a correr riscos.
- Apego excessivo: Muitos investidores acabam se apegando a
um tipo de aplicação e, por conta disso, não conseguem avaliá-la de forma
clara, passando a enfatizar apenas o lado bom da opção, ignorando suas
desvantagens.
- Quer um exemplo? Essa tendência é bastante comum no caso
de imóveis onde, por apego emocional, deixa-se de fazer uma análise clara do
investimento. É o caso de uma casa que está na família há algumas gerações.
Vendê-la se torna uma alternativa fora de questão, mesmo que,
financeiramente, represente um excelente negócio.
- Incapacidade de mudar: Todo investidor deve ser
consistente com a estratégia que definiu. Isso não significa, porém,
continuar nessa trajetória pelo resto da vida! É importante rever, de tempos
em tempos, sua decisão de investimento.
Quando as emoções prevalecem
Não podemos esquecer que o cérebro de cada um de nós tem uma forma toda especial
de trabalhar. E, em alguns casos, é possível que o indivíduo tenha de fato uma
dificuldade para tomar decisões de investimento.
Muitas vezes o viés é resultado do equilíbrio emocional de cada pessoa. Se você
acredita que possa ter algum tipo de viés na hora de investir, reflita um pouco
sobre o assunto e tente verificar se isso está, ou não, afetando a forma como
você aplica, ou pretende aplicar, o seu dinheiro. Boa sorte!
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