Finanças pessoais - Quanto custa um casamento?
Marcar a data do casamento é uma das coisas mais importantes na vida de um
casal. Nessa hora, quase ninguém pensa em dinheiro. Mas quem tem planos de se
casar em breve, ou vai bancar o casamento do filho ou da filha, deve refletir
sobre o assunto.
Somando a festa, os convites, as cerimônias civil e religiosa e a lua-de-mel,
a fatura passa facilmente dos R$ 16 mil, de acordo com um levantamento feito por
ÉPOCA no fim de dezembro. Muitas vezes chega a R$ 65 mil - ou mais. Segundo o
especialista em finanças para casais Gustavo Cerbasi, autor do livro Casais
Inteligentes Enriquecem Juntos (Editora Gente), a conta pode atingir R$ 300
mil nas cerimônias de alto luxo. Tudo depende, é claro, do patrimônio da família
dos noivos e da grandiosidade do evento que se quer produzir.
Por causa da emoção que envolve um casamento e da correria que antecede a
cerimônia propriamente dita, os noivos dificilmente fazem uma pesquisa detalhada
antes de contratar os diferentes serviços. Por isso, se você ou um filho estiver
prestes a se casar é recomendável manter o mínimo de racionalidade na hora de
acertar os detalhes da cerimônia. Se os noivos seguem a moda antiga e ensaiam o
casamento anos a fio antes de consumá-lo, podem fazer uma poupança, na qual
depositem uma quantia mensal que seja suficiente para cobrir todo o custo do
casamento - ou parte dele - no futuro. É uma forma de evitar que o impacto dos
gastos atrapalhe os planos de quem quer produzir uma cerimônia de conto de
fadas. Quem planeja os gastos com antecedência tem mais poder de barganha na
hora de contratar os serviços.
Com o dinheiro em mãos, você precisa decidir em que vale a pena gastar mais e
em que é prudente economizar. A cerimônia e a festa, segundo Cerbasi, valem um
desembolso maior. "Isso, teoricamente, só acontece uma vez na vida", diz o
especialista. Para equilibrar as contas, é possível negociar uma entrada menor
na compra da primeira moradia do casal. Não é raro os casais se comprometerem
com financiamentos de longo prazo para pagar um imóvel do qual não precisam.
POUPANÇA A DOIS
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BALANIN
e sua mulher, Lívia: economia de R$70 mil em quatro anos
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No início de dezembro, depois de dez anos de namoro, o
advogado Rafael Balanin, de 26 anos, e a professora Lívia Brigoni, de
24, finalmente se casaram. Com tanto tempo de namoro, eles puderam fazer
uma poupança para ajudar a cobrir as despesas da festa. Lívia e Balanin
se conheceram durante a adolescência, em Jundiaí, a 60 quilômetros de
São Paulo, onde moram até hoje. Em quatro anos, dizem que conseguiram
economizar cerca de R$ 70 mil. "Ao contrário da maioria das pessoas da
minha idade, que poupam para comprar um carro, decidimos guardar
dinheiro para o casamento", afirma Balanin.
Ele conta que, com a poupança, pagou também a viagem
de lua-de-mel de 15 dias em resorts na Bahia. A viagem custou R$ 6 mil.
Também deu para pagar a maior parte dos gastos com a cerimônia e a
entrada de R$ 47 mil num apartamento de três quartos numa região nobre
de jundiaí. No fim de 2005, segundo Balanin, o apartamento já estava
quase todo mobiliado, um ano antes do casamento. "Ficamos mais de um ano
procurando os melhores preços dos serviços da cerimônia e um imóvel
ideal", diz ele. "O ano de 2006 foi apertado. Reduzimos as idas ao
cinema e boates e deixamos de comprar livros e cds. Mas valeu a pena."
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Referência:
Época
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Autor:
Maria Laura Neves
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