Muita gente não sabe, mas os consórcios são uma invenção brasileira, que
surgiu na década de 60 e hoje é difundida em outros países. A idéia, por trás da
criação dos consórcios, é muito simples: unir um grupo de pessoas (físicas ou
jurídicas) que, individualmente, não contam com recursos suficientes para
comprar um determinado bem, para que, juntas, consigam autofinanciar este
objetivo.
Na prática, como funciona?
Imagine a seguinte situação: você e mais dez pessoas querem comprar um imóvel
de R$ 50 mil, mas cada uma só tem R$ 5 mil para gastar. Cada pessoa poderia
esperar dez meses para realizar seu sonho ou se juntar, formando um consórcio
que permitiria a compra de um imóvel de R$ 50 mil.
Repetindo isto por dez meses, no final do período todos terão uma casa
própria, e pelo menos nove terão comprado a casa mais rapidamente e a custos
mais baixos do que se tivessem feito um financiamento imobiliário.
Desta forma, através das prestações mensais (ou contribuições) de igual
valor, efetuadas por todos os participantes do grupo (de consórcio), é formado
um fundo, cujos recursos são usados para, periodicamente, contemplar os
participantes com crédito que poderá ser utilizado na compra do bem (ou serviço)
previsto no contrato.
Vale notar que todos os participantes do grupo têm assegurada a igualdade de
condição para a compra do bem ou serviço que desejarem. Já o grupo de consórcio
só deixa de existir quando todos os participantes do grupo tiverem sido
contemplados com os recursos necessários para a compra do bem.
O papel da administradora
No exemplo acima utilizamos como ilustração o caso de um grupo de amigos que
tinham um objetivo comum. Mas, e na prática: como fazer para encontrar pessoas
que tenham exatamente o mesmo objetivo que você?
Afinal, para que um grupo de consórcio funcione, é preciso que todos os
participantes tenham o mesmo objetivo de consumo. Hoje em dia existem vários
tipos de consórcios, que englobam desde a compra de passagens até a compra de
imóveis.
A responsabilidade pela formação e administração dos grupos cabe à
administradora de consórcio, que precisa de autorização do Banco Central para
funcionar. Para obter informações específicas sobre algumas alguma das
administradoras, você pode recorrer ao Banco Central ou à ABAC (Associação
Brasileira de Administradoras de Consórcios).
É importante notar que, as administradoras de consórcio são obrigadas a
manter em local visível de fácil acesso o telefone da Central de Atendimento ao
Público do Banco Central (0800 992345), inclusive o endereço do site na
internet, para acesso a informações sobre as empresas autorizadas pela
instituição a constituir grupos de consórcios.