Carreira / Emprego - Independência ou emprego tradicional? Saiba o que você quer
Quem nunca se pegou pensando que bom seria ser o dono do próprio nariz, seu
próprio chefe? A independência é almejada por muitos, mas nem todos nasceram
para ela, de acordo com o diretor executivo do Insadi (Instituto Avançado de
Desenvolvimento Intelectual), Dieter Kelber.
Mas como saber se a independência é realmente melhor para você? Se conhecendo.
Sabendo do que gosta de fazer e do que não gosta. "Quanto mais jovem, menos a
pessoa se conhece, pois ainda não passou por um número suficiente de
experiências para tal. Ela tem sintomas, mas não convicções".
Comece se perguntando: eu faço o que gosto e do jeito que gosto? "Toda vez que
alguém é obrigado a fazer o que não gosta, é como se tirassem sua liberdade de
escolha. Isso machuca, nos sentimos infelizes", afirma.
Sintomas latentes
De acordo com Kelber, há sintomas latentes que demonstram que a independência é
a melhor pedida:
- O profissional não está satisfeito com o emprego;
- Se sente pressionado;
- Apresenta um comportamento rebelde;
- Tem visão estratégica do negócio, mas poder nenhum para decidir;
- Mudou de emprego três, quatro vezes e, ainda assim, não se sente feliz.
Em algumas empresas, profissionais que dão suas opiniões são valorizados, de
maneira que até mesmo aqueles que têm sede de liberdade sentem o gostinho de ser
um pouco dono daquele negócio também, podendo tomar decisões estratégicas. Em
muitas outras, não é bem assim que as coisas funcionam e, não raro, as pessoas
se sentem limitadas. Uma das soluções é abrir a própria empresa.
O problema é que nem todo mundo nasceu para ser empreendedor. Os empreendedores
de sucesso são determinados, não temem os riscos e os desafios, sabem liderar,
têm visão, enxergam além dos outros, não têm medo de errar e seguem a intuição.
Se você não tem essas características, é possível que não tenha vocação para
comandar o próprio negócio. "Uma pessoa muito insegura não pode ser
empreendedora".
No entanto, Kelber lembra que há pessoas que ficam no meio termo: não nasceram
para ser empregadas nem empresárias e, mesmo assim, sonham com a independência.
Esses profissionais podem trabalhar como consultores, free-lances ou autônomos.
"Eles são altamente dependentes dos postos tradicionais, mas têm forte
sentimento de liberdade. Se ficam aborrecidos, não pensam muito e vão embora",
explica.
A vantagem de ser independente é fazer justamente o que gosta. A desvantagem é o
salário irregular, quando há uma remuneração. Já o lado negativo do emprego
tradicional é ter que fazer o que não quer e não ter liberdade de escolha e de
opinião. O positivo é a estabilidade. "Pessoas extremamente conservadoras
precisam se sentir seguras", finaliza o especialista.
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