Dizem que os profissionais e os empresários mais bem-sucedidos da história já
erraram, e muito. Os tombos não foram mais do que empurrões, ou chamados para
que despertassem para a realidade. Na opinião do diretor executivo do Insadi,
Dieter Kelber, só comete erros quem é arrojado, quem se arrisca.
"Mas não se pode dizer que errar é bom. O que é feito com esses erros é mais
importante. A pessoa pode escolher entre tirar uma lição e dar uma volta por
cima, com determinação, ou se colocar no papel de vítima e errar novamente".
Vivendo... E aprendendo
O especialista em carreira lembra que existem pessoas que erram muito, mas que
nunca aprendem. O problema é que, cedo ou tarde, elas podem prejudicar suas
carreiras a tal ponto que não há volta.
Em sua opinião, os tropeços na carreira também estão atrelados à idade. "Quando
somos jovens, erramos muito, por conta do ímpeto, da inexperiência. Por exemplo:
Como poderíamos saber que o primeiro emprego seria legal?", indaga.
Também por isso, há quem atinja o sucesso na maturidade. "Conforme amadurecemos,
aprendemos o que pode dar certo, pode dar errado. Quais executivos hoje podem
lidar melhor com a crise? Os que já erraram ou os mais jovens, que talvez nunca
tenham passado por uma dificuldade deste porte? Eu aposto nos que já erraram,
porque eles aprenderam a tomar melhores decisões".
Kelber finaliza lembrando que errar uma vez não é o fim do mundo. O problema é
errar duas vezes a mesma coisa. "Os jargões referentes a erros que sempre
escutamos são verdadeiros. É provável que profissionais que já erraram tenham
uma carreira mais sólida e consistente, desde que tenham aprendido a lição.
Errar sem aprender nada pode ser extremamente negativo".