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Carreira / Emprego - Transtorno que pode gerar problemas no trabalho não tem cura, mas é controlável! 

Data: 12/09/2008

 
 

A cura para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), problema que afeta 5% da população adulta brasileira, só é possível durante a infância. Na fase profissional, por sua vez, a pessoa consegue apenas controlar o transtorno, que traz efeitos negativos ao ambiente de trabalho.

"Na criança, observa-se cura porque o cérebro está em desenvolvimento", diz o neurologista da infância e adolescência do Instituto Glia, Marco Arruda. No adulto, é possível, em 80% dos casos, controlar o transtorno por meio de tratamentos e medicamentos. "A medicação é capaz de promover grande melhora dos sintomas e da qualidade de vida do adulto portador de TDAH".

O transtorno
Dentre os efeitos observados no ambiente de trabalho, estão a dificuldade de organização, concentração, diminuição da capacidade de memória, inquietação e impulsividade. As características não são as mais indicadas para quem toma uma posição de tomada de decisões. "Essa alteração genética provoca mudanças em áreas cerebrais importantes para o comportamento: acelerador, breque e embreagem".

"Estudos mostram que os adultos com TDAH sofrem mais com depressão, têm menor produtividade, maior freqüência de divórcio e insatisfação profissional, migram mais de emprego e também registram maior absenteísmo que os demais", justifica Arruda.

Processo seletivo
Tida como uma atitude de discriminação, o que acontece é que algumas empresas, principalmente as norte-americanas, têm realizado testes no processo seletivo para identificar se o candidato é portador ou não do transtorno. "Essa é uma preocupação nossa, dos especialistas e pesquisadores do assunto, e das organizações não-governamentais que congregam portadores", diz Arruda.

Um exemplo da diferença como chegam a ser tratados nos EUA, estudo realizado pelo professor Joseph Biederman e seus colaboradores da Universidade de Harvard mostra que os adultos que são portadores do TDAH recebem, em média, cerca de US$ 10 mil por ano a menos do que os indivíduos sem o transtorno.



 
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