Clique aqui para ir para a página inicial
 

Pular Links de Navegação
»
Home
Contato
Calculadoras
Consultoria
Conteúdo
Cotações
Perfil/Testes
Serviços
Parceiros
Mapa site
[HyperLink1]
Cadastrar
 
    
Assuntos

Total de artigos: 11132
    

 

 

Análise técnica (ações) - Sua estratégia é sólida? Backtesting elimina dúvida e aposenta "olhômetro" 

Data: 04/04/2011

 
 

Depois de expor uma ideia básica sobre a constituição de um Trade System, o “Manejo de Risco” irá falar da importância de testar e analisar a estratégia antes de efetivamente aplicá-la no mercado.

Mas antes de entrar no mérito, Rogério Passos, consultor da OperAção Consultoria e Treinamento, explica um pouco sobre programação e dá um exemplo de como programar o cruzamento de médias móveis, a fim de aguçar a curiosidade do leitor sobre o tema. Confira!

Uma questão complexa
Como ilustrado na primeira matéria, a mescla entre análise técnica e computação vem ganhando espaço entre os pequenos investidores do segmento pessoa física. Mas por que este fenômeno emerge no Brasil?

Muitos investidores que procuram a análise técnica, ou até as Ondas de Elliott, como via de previsão dos movimentos do mercado, certamente ficam decepcionados ao montarem uma posição com ponto de entrada no rompimento da máxima de um Martelo e os preços recuarem, ou identificarem uma potencial Onda 3 que, na verdade, ainda era uma Onda 1. Exemplos não faltam.

Os acadêmicos atribuem o fato à hipótese de eficiência de mercado de Eugene Fama, que, em sua forma fraca, postula que os ativos possuem um comportamento totalmente aleatório e a correlação entre preços passados, correntes e futuros é nula, tese que fora aceita no trabalho de Daniel Guedine Serafini e Pedro Valls Pereira.

O que tudo isto tem a ver com simulação de estratégia?
A ideia de que os preços estão mais próximos da aleatoriedade em comparação aos padrões de mercado coloca em xeque a análise técnica, mas não a descarta completamente, já que estamos tratando de fenômenos de massa.

Com o aparato da estatística e por meio de simulações computacionais, o trader poderá ter um parâmetro bastante claro do comportamento do Trade System dentro do mercado em função de sua estratégia desenvolvida.

“O fato é que o mercado é caótico. Matematicamente, isso significa dizer que o mercado é imprevisível, mas não desordenado. Ou seja, o mercado produz movimentos ao sabor das massas e é exatamente esta característica que nos permite mesclar análise técnica e validação estatística”, justificativa de Passos que vale a leitura deste artigo.

Por dentro da simulação
Um simulador de estratégia nada mais é que um software que permite ao trader simular, através do histórico de preços, sua estratégia de mercado em determinado período antes de colocá-la no mercado real, lembrando que o tamanho da base de dados utilizada é proporcional à qualidade dos testes.

Por meio dos relatórios gerados, o investidor poderá saber os potenciais lucros e prejuízos do Trade System, os níveis de risco, números de trades vencedores e perdedores, o drawdown do sistema. Enfim, dissecará sua estratégia.

Através da simulação, o trader poderá responder uma pergunta vital para sua sobrevivência no mercado: a minha estratégia oferece atrativa lucratividade em função dos riscos? Melhor descobrir via simulação do que assistir a conta investimento na corretora minguar.

“Os traders que ainda não utilizam o backtesting vão se surpreender com as inúmeras vantagens que ele resguarda”, afirma o trader norte-americano Mark Jurik, autor do livro “Computerized Trading”, uma das referências no assunto.

Backtesting
Por meio de dados históricos, o Backtesting determinará as melhores condições de entrada e saída que o Trade System apresentou, ou seja, revelará se a estratégia será vencedora no longo prazo com base nos eventos passados, resume Juliano Carneiro, da Cardin Investimentos.

“Muitos traders se iludem por terem uma estratégia que acham ser vencedora. Porém, no longo prazo a realidade é diferente”, alerta Carneiro sobre a importância do Backtesting. Nada adianta um Trade System que proporcionará ao trader uma curva de capital lateral (perdendo e ganhando o tempo todo), afirma.

“Um bom Trade System pode ajudá-lo a auferir lucros maiores do que um investidor passivo no longo prazo, correndo menor risco”, lembra Ricardo Borges, da Projeção Consultoria Financeira, sobre o objetivo primário de um sistema de operação. Outro aspecto importante em um Backtesting é a base de dados. Segundo Carneiro, o ideal é utilizar candles de um minuto para concentrar todos os negócios que ocorreram durante o pregão.

Entretanto, é bom lembrar que o Backtesting só pode ser feito em uma ação de cada vez, e, com os resultados obtidos para cada ativo, mesclá-los na carteira em função da estratégia testada. Em suma, a técnica é excelente quando a estratégia é validada para operar um papel. Mas, qual método utilizar quando estamos tratando de um conjunto de papéis ao mesmo tempo?

Portfólio Backtesting
Diferentemente do Backtesting, que aplica a estratégia em um determinando ativo, o Portfólio Backtesting considera “um número elevado de ativos ao mesmo tempo (carteira teórica do Ibovespa, por exemplo), em um período representativo de tempo, levando em consideração todas as variáveis envolvidas no processo, ou seja, simulando com exatidão o processo de investimento no mercado”, explica Rogério Passos, da OperAção Consultoria e Treinamento.

Por meio de simulações baseadas em algoritmos de Monte Carlo*, o investidor realizará um Stress Test da estratégia através de milhares de iterações computacionais. Simplificando as coisas, serão milhares de traders virtuais executando uma estratégia dentro do mercado e ñum período determinado.

Apesar de complicado, o processo de validação estatística já é acessível ao investidor pessoa física, em compasso com o avanço tecnológico dos computadores pessoais e a disponibilidade ao público de softwares que realizam Portfólio Backtesting.

Na prática
Passos apresenta três estratégias distintas. Todas se referem a simulações de Portfólio Backtesting, utilizando os 130 ativos mais líquidos da BM&F Bovespa entre janeiro de 2000 a 2010, com 2.000 iterações de Monte Carlo (como se 2.000 traders estivessem utilizando a mesma estratégia) e considerando despesas operacionais de R$ 25,00 por trade realizado e posição comprada.

Além disso, o sistema não utiliza o lucro de operações anteriores para acumular capital, ou seja, todo lucro é sacado da conta investimento pelo trader e guardado no banco.

Confira os resultados aqui!

Intenção maior
A intenção destes três artigos sobre a mescla entre análise técnica e computação foi abrir espaço para uma nova abordagem sobre estratégias operacionais e revelar que os métodos profissionais de trade já estão ao alcance do pequeno investidor pessoa física.

Essa amostra, entretanto, serve para aguçar o interesse do leitor sobre o assunto, que deve procurar livros e cursos para aprender sempre mais. De maneira alguma a metodologia é uma verdade absoluta, mas, sem dúvida, a vinda de métodos estatísticos ao mercado traz maior segurança ao investir.

Assim, o projeto “Manejo de Risco” deixa o assunto de lado por enquanto, mas espera ter semeado o interesse entre os leitores e demonstrado que investir necessita mais de estudo do que sorte.



 
Referência: InfoMoney
Autor: Rafael de Souza Ribeiro
Aprenda mais !!!
Abaixo colocamos mais algumas dicas :