A garantia estendida surgiu em meados de 2005 e, desde então, vem
conquistando muitos consumidores. Entretanto, acompanhando o sucesso da
modalidade, cresce também o número de reclamações. De acordo com a técnica em
Defesa do Consumidor da Fundação Procon de São Paulo, Renata Reis, nos últimos
anos, há mais reclamações de garantia estendia do que contra seguros de carro ou
de vida.
"O problema é que o produto não é reparado por técnicos do fabricante e muitas
vezes fica indo e voltando sem a solução do problema", diz.
Para a técnica, o consumidor deve avaliar bem se é vantajoso contratar o
serviço, já que, atualmente, é comum as empresas oferecerem garantias por um
longo período. "O consumidor deve analisar sempre o valor final. Se há uma
garantia extensa por parte do fabricante, não há a necessidade da contratação da
garantia estendida. Este tipo de seguro é mais aconselhável para produtos
frágeis, como aparelhos celulares, por exemplo."
Garantia estendida
Classificada como um seguro, por um valor adicional, acordado no ato da compra,
a modalidade prevê o conserto gratuito ou a troca do produto comprado, após a
expiração da garantia fornecida pela fábrica (contratual) ou a garantia legal,
de 90 dias.
Em média, a vigência da garantia estendida é de 12 a 24 meses, dependendo do
produto segurado, assim como os custos, que giram em torno de 3% a 30% do valor
total.
Segundo Renata Reis, o consumidor deve ser informado de todas os elementos antes
da realização da compra, pois o seguro deve ser uma opção e não pode ter seu
custo incluído previamente no valor do produto. Além disso, ela aconselha ao
cliente que fique com uma cópia da apólice, que deve ser lida com atenção, antes
de ser assinada, para que tenha conhecimento do que é segurado ou não.