É comum, no ambiente de trabalho, existir aquela pessoa mais "nervosinha",
que parece que irá explodir a qualquer momento. O comportamento faz parte da
personalidade e existem pessoas que são assim: respondem curto e grosso, falam
alto e de maneira agressiva e acabam por mal tratar os companheiros da equipe.
Quem é muito nervoso apresenta sinais passageiros, como a taquicardia, o suor
frio e o fato de gaguejar. Mas, quando as situações de nervosismo começarem a se
repetir diversas vezes, problemas de relacionamento com os colegas começam a
aparecer. Afinal, como se controlar para que a situação não chegue a este ponto?
O que fazer?
"A situação pode ser gerenciada", afirma a psicóloga e vice-presidente da ABQV
(Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Samia Simurro. Uma das formas de
controlar o nervoso é usar técnicas que acabam com a ansiedade: descarregar a
tensão em atividades que goste e cuidar de si, por meio de exercícios físicos,
por exemplo.
Outra forma é praticando o auto-controle, por meio da meditação. "Os orientais
já descobriram há muito tempo como se controlar com esta técnica". Ainda existe
uma outra alternativa, que é aprender a lidar com os sentimentos.
"O nervosismo exacerbado pode começar quando nos sentimos sobrecarregados, não
conseguimos atender a demanda que é proposta e pensamos que não temos condições
de realizar as tarefas", disse Samia. Ela completou afirmando que tudo isso pode
ser controlado com a busca do equilíbrio emocional.
Tipos de personalidade
Samia ainda explicou que a personalidade mais tensa, agressiva, pode se agravar
com as condições do ambiente de trabalho. "A competição estimula o quadro".
Sobre o perfil, ela disse que são pessoas mais estressadas, desconfiadas e
sempre em alerta. "Elas apresentam resultados e vão até o final".
Por outro lado, existe a personalidade mais insegura, que é a pessoa mais
solícita, que sempre quer agradar aos demais e ser "boazinha". Estas pessoas são
mais frágeis e suportam menos a pressão.
Liderança
Um líder com a personalidade mais insegura pode ser um bom conciliador, mas ele
possui mais problemas no momento da tomada de decisões. Em relação à equipe, ele
peca por não cobrar tantos resultados.
Já o mais agressivo, levado pela ansiedade, pode tomar atitudes precipitadas. O
relacionamento dos subordinados com ele é mais distante e, por isso, fica
difícil montar uma equipe unida.
"As pessoas devem encontrar o meio termo", finaliza Samia.