Carreira / Emprego - Fobias e medos prejudicam ascensão profissional. Conheça as soluções
O que é uma fobia? Uma das definições é de que se trata de um medo persistente e
irracional, que faz com que uma pessoa evite objetos específicos, situações e
lugares, sem que possa explicar o motivo. A declaração é do diretor da
UniSãoPaulo - Universidades in Company, doutor Luiz Gonzaga Leite.
Segundo a psicanálise, a fobia tem a ver com angústias internas, algo que magoa
muito. "Para que a pessoa não enlouqueça, a mente dela transfere o medo para um
objeto ou situação", diz o diretor. "É um mecanismo de defesa", acrescenta.
Medos que atrapalham o dia-a-dia
Algumas fobias impedem o profissional não só de trabalhar, como também de viver
e de se relacionar com os outros. Por exemplo, a claustrofobia é o medo de
ambientes fechados e a agorafobia é pavor de espaços abertos ou multidões,
lugares em que o escape para ir a um hospital seria difícil ou embaraçoso, caso
ele protagonize uma crise de pânico.
Há ainda outras fobias:
- Fobia social (o indivíduo evita se relacionar com o próximo, falar no
telefone e até mesmo enviar e-mails);
- Medo de falar em público;
- Medo de altura;
- Medo de andar de carro;
- Hidrofobia (medo de água);
- Medo da imperfeição;
- Medo de viajar de avião;
- Medo de sujidade, de ser contaminado ao tocar objetos ou pessoas;
- Medo de escadas;
- Medo de computador.
Mas não confunda a fobia com o simples receio. Muitas pessoas se sentem
desconfortáveis diante da necessidade de falar em público, porém, a pessoa com
fobia sente isso de forma muito mais intensa, o que acaba se refletindo
fisicamente: ela pode sentir taquicardia, sudorese e ter crises nervosas.
Solução
Geralmente, quem tem alguma fobia vai encontrando desculpas e contornando as
situações uma por uma, todos os dias. Assim, quem tem medo de espaços fechados,
como elevadores, sempre prefere a escada. Até o dia em que esse profissional se
depara com a necessidade de acompanhar um cliente ou parceiro comercial de
elevador. Com certeza, a situação é embaraçosa.
As fobias, via de regra, se manifestam na adolescência, com a ressalva de que há
casos em crianças. O indicado é procurar um médico, que poderá optar por um
tratamento que combina medicação e psicoterapia. "O modelo que mais dá certo é o
da terapia cognitiva comportamental, que ajuda o paciente a compreender as
pessoas e a si mesmo, desvendando a raiz do medo", opina Leite.
"As melhoras começam a aparecer após dois meses. O importante é procurar ajuda,
pois não dá para melhorar sozinho. A tendência é piorar cada vez mais. As fobias
afetam o trabalho e os relacionamentos, pois as pessoas com esse problema não
gostam de se expor", completa.
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