Carreira / Emprego - Novo emprego: desejo de não repetir erro pode fazer profissional errar mais!
Diante de um novo emprego, é normal que as pessoas pensem em mudança de
comportamento, para não cometer os mesmos equívocos do passado. Mas, de acordo
com a coordenadora de outplacement da Manager Assessoria em Recursos Humanos,
Sílvia Nogueira, na ânsia por não errar, os profissionais podem acabar piorando
a situação.
Um comportamento típico é entrar na defensiva, porque houve uma desilusão em
relacionamentos no emprego passado. "O profissional ficar na dele não é
indicado, para não se distanciar". A coordenadora disse, porém, que tudo deve
ser equilibrado. "A pessoa não pode também 'chegar chegando' nem querendo ser
amiguinho de todo o mundo. Isso é forçar a barra", afirmou.
Atitudes que devem ser tomadas em qualquer empresa são prestar atenção no que
passam, mostrar interesse, desenvolver a empatia, perguntar e falar um pouco.
Qualidade de vida e ascensão
A mudança de emprego pode ter sido ocasionada por vários motivos, dentre os
quais, a busca por qualidade de vida e por ascensão profissional. Para passar
mais tempo com a família e no lazer, você determina que será contra a hora
extra, mas, e se a empresa precisar, em alguns momentos, que fique até mais
tarde?
"Não é todo dia que o funcionário vai sair no horário". Aí entra a questão do
equilíbrio. Não radicalize porque errou em algumas questões no passado.
Outras pessoas entram na empresa crentes de que a possibilidade de subir de
cargo virá rápido. Se ficaram dez anos na antiga companhia sem ascender, na
atual, querem que as coisas aconteçam imediatamente. "A pessoa pode acabar por
pisar em quem está há mais tempo no lugar e ainda se transforma em uma ameaça
para o chefe", disse Sílvia.
Marketing pessoal e postura
Para fazer amizades rapidamente, o que não conseguiram no outro emprego, muitas
pessoas acabam se tornando inconvenientes. "Existem pessoas que não sabem fazer
marketing pessoal, entram na empresa falando com todo mundo, dizem que conhecem
tudo e que sabem de tudo". É o típico perfil do "mala sem alça" da empresa.
A dica que Sílvia dá é que a pessoa, em primeiro lugar, analise a empresa para
onde está indo. "Por conta da ansiedade, pode deixar de analisar as condições do
ambiente de trabalho. Não é à toa que existe o período de três meses, que é de
adaptação". Utilize-o a seu favor!
Quem sai de uma grande empresa para outra de porte menor deve ter atenção
redobrada. "Para não chegar com postura arrogante, porque acha que sabe mais,
porque trabalhou em empresa grande, desmerecendo as pessoas".
Líderes
Para quem está migrando de emprego em um cargo de liderança, Sílvia indica que,
primeiro, ganhe a confiança das pessoas, para, depois, tentar mudar os
processos. Lembre-se de que cada estrutura é uma estrutura. "Apresente-se,
analise o trabalho de cada um, outros departamentos, se estão interligados.
Conheça as pessoas, fornecedores e clientes. Se não fizer isso, não terá
condição em administrar. Não pode mudar o que não conhece".
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