Com as temperaturas mais baixas, tudo o que as pessoas querem é ficar em
casa. Entretanto, nem sempre o lar está aconchegante o suficiente e precisa de
algumas modificações. Segundo a arquiteta, sócia-diretora da Mariana Cechini
Arquitetura & Gerenciamento, Mariana Cechini, as mudanças são possíveis para
todos os bolsos.
Para quem está se preparando para uma reforma há algum tempo, tem dinheiro
guardado e quer uma mudança radical, a opção, diz ela, é uma reforma de alto
impacto, o que significa que a pessoa terá de deixar o imóvel para a realização
da obra e investir uma boa quantia.
Neste tipo de reforma se enquadra, por exemplo, a mudança de piso, que sai em
torno de R$ 200 o metro quadrado. Nestes casos, orienta a arquiteta, quem quer
proporcionar um contato térmico aconchegante deve escolher materiais como
madeira, pisos cimentícios, ou porcelanatos de grandes formatos sem brilho, que
tenham texturas macias em cores neutras, devendo-se evitar os pisos polidos e
que imitem granitos ou mármores.
Reformas de médio impacto
Se a ideia, entretanto, é gastar um pouco menos, as reformas de médio
impacto são as ideais.
Aqui, vale focar nas paredes, colocando tecidos (cerca de R$ 100 o metro
quadrado mais a colocação), papel de parede ou pintura.
Para tornar o ambiente mais agradável, as cores mais indicadas, segundo a
arquiteta, são as mais fechadas e neutras, como os tons pastéis.
“Vestir as paredes com painéis de madeira, tecido, couro ou papel de parede
são sugestões interessantes, mas é importante não pesar na tonalidade nem
utilizar desenhos cansativos e muito vibrantes, afinal numa casa, não podemos
trocar de roupa a cada estação”, diz.
Reformas de baixo impacto
Por fim, para quem quer gastar pouco e não ter os transtornos que podem
causar uma troca de piso ou pintura, por exemplo, mas ainda assim quer tornar a
casa mais aconchegante, a dica é investir em iluminação e decoração.
No primeiro caso, explica Mariana, a preferência deve ser pelas lâmpadas de
cores quentes, que podem estar inseridas em plafons de teto, sancas e arandelas.
Para quem utiliza lâmpadas fluorescentes, as cores quentes ficam sob o código
830 ou 820.
Já no segundo, vale investir em materiais como madeira e lã, evitando o uso
de muito brilho ou vidro. “Soluções simples como recorrer a uma boa manta de lã,
de tricô grosso, de tear ou cashemir, sobre um sofá para deixá-lo “aquecido”, ou
então um tapete de lã fofinho, podem ser uma solução bem aconchegante. Assim
como esticar uma bela toalha numa cor quente na mesa de vidro”.