Carreira / Emprego - Sucesso: estereótipo de profissional bem-sucedido não existe, diz psicóloga
Ser bem-sucedido. Quando falamos em vida profissional, esse é o desejo de
muitas pessoas, mas será que existe um estereótipo de sucesso? De acordo com a
psicóloga e gerente de projetos do Grupo Foco, Fabiana Morgado Gabrielli, a
resposta é não. "O que eu vejo é que ser bem-sucedido, hoje, está muito atrelado
ao plano de carreira de cada um", afirmou.
A explicação para o fato é bastante simples: aquilo que uma pessoa deseja
profissionalmente pode ser diferente do que outra pessoa quer, então, a
classificação do sucesso é distinta. Para a psicóloga, a única generalização que
pode ser feita é que aquele que se sente realizado e vai trabalhar feliz é o
bem-sucedido.
Balizadores
Por mais que o tema "navegue na subjetividade", como disse a psicóloga, as
pessoas usam balizadores para medir o sucesso. Estes, sim, são utilizados de um
modo geral. "Antes, a impressão que se tinha é que ser bem-sucedido estava mais
ligado a ocupar altos cargos em uma empresa, ou ter status. Hoje, é buscar a
realização pessoal, mesmo que tenha que ocupar um cago menor", explicou.
Ela ainda disse que a qualidade de vida é um novo balizador. Ser bem-sucedido
também implica conseguir ter uma carreira consolidada, reconhecer oportunidades
de se desenvolver e, além disso, ter um estilo de vida equilibrado. "É conseguir
se realizar profissionalmente e também pessoalmente. Não quer dizer que trabalha
menos, mas que consegue fazer boas entregas e ponderar a vida pessoal", disse
Fabiana.
Sobre o assunto, ela ainda exemplificou que muitas pessoas abrem mão da vida
profissional de sucesso para ter qualidade de vida. "É uma coisa que está
nascendo".
E o dinheiro?
Sobre esse balizador, ela explicou que é bem mais usado por quem olha de
fora. "Porque medimos por um bom cargo, porque ganha bem e pelas conquistas
materiais". Quando perguntado para o próprio profissional, por sua vez, às
vezes, a variável não é tão significante.
A psicóloga ainda disse que, para quem não tem controle financeiro, o salário só
é motivador durante uns três meses. "Se a pessoa não for estratégica, ela gasta
todo o salário e depois começa a achar que ganha pouco novamente", afirmou.
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