Em conseqüência de uma fase
muito difícil, onde todos os tipos de contratempos e adversidades acometem
nossas vidas ou simplesmente nos descontrolamos financeiramente, a renda mensal
deixa de ser suficiente para suprir as necessidades rotineiras e por
conseqüência as dívidas vão acumulando cada vez mais. Quando conseguimos
visualizar a grande enrascada em que nos encontramos e após uma análise muita
rigorosa, começamos a buscar alternativas para resolver a situação.
O grande problema de se estar
endividado é a diminuição da renda mensal ocasionada pelas parcelas dos
empréstimos e pelos juros do cheque especial e do cartão de crédito. Qual a
única saída para isso? Só temos duas opções: reduzir os gastos ou aumentar as
receitas.
A redução dos gastos deve ser
rigorosa, o que normalmente é muito difícil, pois não conseguimos abdicar
facilmente de alguns mimos ou nos reeducarmos em relação a costumes ou manias.
Neste processo deve se buscar a redução em todos os quesitos que compõem os
custos mensais, individuais ou da residência. Portanto as contas de consumo, os
gastos com supermercado, com combustível e até com higiene pessoal (cabeleireiro
ou manicure), devem ser repensados e reduzidos.
A alternativa à redução de
custos é o aumento das receitas. Isso pode ser alcançado com a execução de horas
extras, com uma promoção ou com um novo emprego ou atividade. Mas cabe lembrar
que aumentar as receitas e manter padrões de consumo indevidos te levará a mesma
situação em curto espaço de tempo.
Com o aumento das receitas ou
redução de custos o que devo quitar primeiro?
O roteiro básico de
endividamento é a utilização do cheque especial, o atraso ou pagamento do mínimo
da fatura do cartão, para resolver a situação contrata-se um empréstimo pessoal
para cobrir o cartão de crédito e o cheque especial, mas como os custos se
mantêm a reutilização do limite de cheque especial e do cartão de crédito é
inevitável.
O mesmo roteiro deve ser
seguido para a redução ou quitação das dívidas contraídas. A primeira opção é
quitar o produto que possui a maior taxa de juros, portanto o cartão de crédito
e o cheque especial. Somente após quitar totalmente estes dois produtos é que
devemos nos preocupar em saldar os empréstimos pessoais.
Cabe ressaltar que se existirem contas de consumo de água
ou luz em atraso, elas devem ser a prioridade, pois são serviços essenciais para
a nossa rotina diária. No caso de telefone, internet ou TV a cabo, são confortos
que podem esperar a quitação de todas as dívidas e a estabilização do orçamento
doméstico.
Crédito é algo muito importante e imprescindível nos dias
atuais, mas deve ser utilizado com muita consciência e responsabilidade.