Imóveis - Taxa x renda: juro cobrado pode inviabilizar concessão de crédito imobiliário
Quando procura empréstimo para comprar um imóvel, o consumidor deve ficar muito
atento à taxa de juro cobrada pela instituição: quanto maior for, também maior
será a renda mínima que a pessoa deve ter para conseguir contrair o crédito.
De acordo com simulações feitas pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades
de Crédito Imobiliário e Poupança), para conseguir um financiamento de R$ 80
mil, cujo pagamento será feito em 300 meses, o futuro mutuário precisa ganhar R$
3.226 mensais para contrair a dívida se o juro cobrado for de 12% ao ano. No
caso de uma taxa de 8% anuais, essa exigência cai para R$ 2.411, uma diferença
de mais de 25%.
Conforme o juro
É importante lembrar que para conseguir tomar o empréstimo, a parcela a ser paga
não pode comprometer mais do que 25% a 30% da renda do mutuário. Na tabela
abaixo é possível verificar qual a influência dos juros:
Simulação de
financiamento |
Juro |
Prestação |
Renda mínima |
12% |
R$ 807 |
R$ 3.226 |
11% |
R$ 754 |
R$ 3.017 |
10% |
R$ 703 |
R$ 2.811 |
9% |
R$ 652 |
R$ 2.609 |
8% |
R$ 603 |
R$ 2.411 |
Fonte: Abecip
*Exemplo: R$ 80 mil, para pagamento em 300 meses
Aumento do prazo
A popularização do crédito ocorreu por conta da redução nos juros e também pelo
alongamento de prazos.
Por exemplo, com uma taxa de 12% ao ano, era necessário que a pessoa tivesse uma
renda de R$ 4.478, para conseguir contratar um crédito no valor de R$ 80 mil
para ser pago em 120 meses. A parcela, nesse caso, saía por R$ 1.120. Aumentando
o prazo de pagamento para 300 meses, a renda cai para R$ 3.226 e a parcela fica
em R$ 807.
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