Carreira / Emprego - É prejudicial para a carreira mudar constantemente de área de atuação?
A diretora operacional do Grupo Soma, Adriana Arienti, explica que os
profissionais mudam radicalmente de área por três motivos: a busca por tipos de
trabalho que se encaixam melhor com o perfil da pessoa, o problema de oferta e
procura do mercado de trabalho e a necessidade imediata de sobrevivência.
O problema reside no fato de que a pessoa pode acabar sendo prejudicada pela
mudança, mas isso depende muito do período de tempo em que ela ficou fora de sua
área de formação.
Bom ou ruim?
"Ficar dois anos trabalhando em outra área não é ruim, uma vez que o
profissional ganha expertise, aprende sobre trabalhos diferentes e, ao final,
pode acabar sendo valorizado em um processo seletivo, uma vez que a empresa pode
classificá-lo como alguém com visão mais generalista", explica Adriana. "Alguém
que trabalhou no setor operacional, por exemplo, e muda para o de vendas só tem
a ganhar, uma vez que consegue enxergar os dois lados da história."
"O que não pode é mudar de área de três em três meses. É recomendável nem mesmo
colocar no currículo empregos que tiveram vida curta, pois pode parecer que a
pessoa não é focada", diz, ao explicar que é possível, no lugar de colocar essas
experiências profissionais no currículo, apenas citá-las no momento da
entrevista.
Quando mudar
Ainda segundo Adriana, o profissional somente deve mudar de área quando sabe que
tem as competências necessárias para se dar bem na função. Isso significa que ir
em busca do emprego que oferece remuneração mais alta pode, muitas vezes,
implicar em fracasso profissional. "Faça o que gosta", foi a palavra de ordem da
diretora do Grupo Soma.
Ela lembra que existe o lado bom da mudança, que é a realização profissional e
pessoal. "Tem gente que muda de área porque quer ser feliz", relata. "Para se
dar bem em um emprego hoje, é necessário ter competência, aptidões e
disposição", completa.
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