Motivação - O Poder da Primeira Impressão
Você já pensou: _Qual a impressão que causa a seus clientes?_ E a seu chefe e
colegas de trabalho? _E à sua família e amigos? Será que as oportunidades que
surgiram em sua carreira profissional e em sua vida estão ligadas a estas
questões?
Há uma grande diferença entre o que somos e a imagem que transmitimos ou a
impressão que causamos. O grande problema é que muitas vezes não temos a
oportunidade de nos fazer conhecer. Estamos sempre causando uma impressão e
transmitindo alguma mensagem verbal ou não verbal. Estamos sempre dizendo alguma
coisa, mesmo quando não queremos.
As pessoas estão sempre formando conceitos e opiniões a respeito do que vêem e
sentem. Normalmente este processo ocorre de forma involuntária. As experiências
que passamos boas ou ruins ficam armazenadas em nossa mente (psique: soma dos
conteúdos consciente + inconsciente). Quando ocorre um primeiro contato com
alguém associamos esta experiência a outras já vividas, estabelecendo uma
espécie de conexão: resgatando a sensação já experimentada, somada às nossas
crenças, valores e à nossa própria personalidade, formando a dita "primeira
impressão".
Podemos então concluir que nossas chances de causar uma boa impressão, aumentam
consideravelmente se transmitirmos "coisas boas e positivas".
Mas como transmitir coisas boas e positivas? Na prática ninguém consegue ser bom
e positivo o tempo todo. O que realmente acabamos por transmitir são os reflexos
de nossos comportamentos e atitudes. Alguns cuidados ajudam quando falamos da
primeira impressão (vestimenta, cuidados com a higiene, linguajar...), mas esta
não deve ser nossa única preocupação, pois de nada vale uma linda embalagem, com
conteúdo de péssima qualidade... ao contrário causar uma impressão falsa e
contraditória só desperta nas pessoas o sentimento de terem sido enganadas.
Dicas e treinamentos que tratam de temas específicos voltados à comunicação, às
formas de expressão e ao relacionamento interpessoal, são um bom começo. Porém,
para alcançar resultados satisfatórios e consistentes é necessário o
auto-conhecimento, estar disposto a mudar, a rever suas atitudes e
comportamentos, que são sempre baseados em escolhas.
Nós somos responsáveis em permitir ou não nos contagiar por boas ou más
influências, pois a todo momento estamos fazendo leituras das pessoas que nos
cercam e ativando aquele processo de "conexão" com nosso íntimo. É justamente
neste momento que devemos focar a atenção: Vamos continuar reagindo como sempre,
ou podemos fazer escolhas?
A título de exemplo, vamos nos concentrar no ambiente profissional. Você
certamente conhece alguma história, ou mesmo já se deparou com um chefe que não
o suporta, não é mesmo?! Provavelmente se sentiu injustiçado (e talvez tenha
sido mesmo) e quanto mais o chefe implicava com você, mais a antipatia crescia.
Qualquer um está sujeito a este tipo de situação, que infelizmente pode trazer
conseqüências nada agradáveis. É horrível trabalhar com um clima ruim,
principalmente se a maior fonte deste mal estar for seu chefe, que pode nos
casos mais extremos até mesmo fazer com que você perca o emprego.
Existem vários fatores que podem ter levado a este tipo de situação e acredite
em mim, a possibilidade de tudo isto ter começado com a aquela “primeira
impressão” negativa é real. O grande problema é que quase sempre “a recíproca é
verdadeira”, ou seja, é comum não termos afinidade com quem teve uma má
impressão nossa. Antipatia gera antipatia e o que pode ter começado sem um
motivo real, sem fundamento (racional), acaba se tornando um problema concreto.
Se você está enfrentando este tipo de situação, tenha calma, nem tudo está
perdido e talvez a situação não seja tão ruim quanto você imagina. Minha
sugestão é: peça uma trégua, tome a iniciativa de quebrar este “padrão”, deixe
as “armas”, o “preconceito” e tudo de ruim que tenha acontecido para trás. Tente
se concentrar nas coisas positivas que esta pessoa tem (se você procurar bem,
vai encontrar). Identifique as qualidades da pessoa e as valorize. Tenha uma
conversa franca, aberta e objetiva. Não se trata de “puxar o saco” (no caso
desta pessoa ser seu chefe), trata-se realmente de uma trégua, afinal ninguém
ganha nada com um clima pesado e negativo. É possível que esta pessoa resista no
começo, que não acredite em você e que tenha dificuldade em deixar as coisas
desagradáveis para trás.
Porém, seja persistente, continue valorizando os pontos positivos, afinal não
podemos ter resultados diferentes, agindo sempre da mesma forma. É preciso nos
manter abertos às mudanças e muito dispostos a enfrentá-las para continuar
crescendo como indivíduo e como profissional. Faça uma reflexão sobre suas
atitudes e comportamentos, principalmente quando a situação é “desagradável”.
Será que você age de maneira apropriada, ou será que simplesmente reage?
Concordo que realmente é difícil lidar de maneira construtiva com nossas
frustrações, mas não podemos ignorar a questão e agir sempre como vítima, como
se somente as outras pessoas tivessem defeitos.
Não tenha a pretensão de se tornar perfeito. Procure simplesmente identificar
seus “defeitos”, “seus pontos fracos” para poder lidar um pouco melhor com eles.
Acredite, se você conseguir, vai dar um grande passo e terá resultados
satisfatórios. Vai ter a oportunidade de causar uma melhor primeira impressão e
de perceber o mundo e as pessoas de maneira mais agradável e positiva.
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