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Carreira / Emprego - Como avaliar a criatividade de empregados na terceira idade 

Data: 17/09/2007

 
 

Até que ponto a chegada da terceira idade pode influenciar a criatividade e o desempenho do trabalhador? Este é um questionamento que alguns profissionais de Recursos Humanos podem estar fazendo, neste exato momento, ao terem que analisar e avaliar profissionais dentro da empresa que atuam. Mas para responder esta pergunta, é preciso que o profissional de RH leve em consideração algumas observações.

Segundo Gisela Kassoy, consultora e especialista em Criatividade e Administração de Mudanças, é necessário observar que existem vários tipos de criatividade. Para facilitar a compreensão, ela cita o pesquisador inglês Michael Kirton que criou o conceito de criatividade adaptadora para a criatividade que se conforma com as regras e procura soluções dentro delas, típicas dos programas de qualidade. Por outro lado, a mudança de paradigmas é fruto da criatividade inovadora que transcede ou questiona regras ou procedimentos. Neste sentido, as diferenças são mais individuais e dependeriam de outras variáveis além do fator idade.

No entanto, quanto à administração de mudanças, a consultora acredita que os jovens levam mais vantagem. E acrescenta: "estamos falando de gerações cujos pais ou parentes próximos possam ter casado e descasado várias vezes ou talvez tenham mudado de profissão ou cidade. Um estudo de Harvard comprovou que uma infância cheia de mudanças estimula a criatividade. Afinal, há aprendizado melhor do que a própria vida?".

A motivação que a empresa oferece ao empregado é outro item que não deve ser esquecido. Do ponto de vista pessoal, explica Gisela Kassoy, é bom que o trabalhador, ao alcançar a terceira idade, seja estimulado a viver este outro estágio da vida. Se, por exemplo, a empresa estimula o funcionário a deixar um legado, mesmo estando próximo da aposentadoria, estará fazendo um bem para ambos.

É bom lembrar, que nem sempre um funcionário antigo precisa de um estímulo especial para permanecer participativo e criativo. A experiência que ele possui, dá recursos e autoconfiança para que tente novos caminhos. Para quem tem muito tempo de casa, o risco é achar que já sabe das respostas. Neste caso, o empregado precisaria de novos desafios para fugir da rotina.

Por outro lado, a empresa deve estar também atenta para o funcionário no início de carreira. O jovem precisa receber segurança de duas formas. A primeira seria a psicológica, ligada a auto-estima e a outra objetiva, que seria fruto da definição clara do que é esperado dele, até onde pode inovar e dar sugestões. Se o jovem funcionário tiver paciência, logo poderá observar as diferenças entre teoria e prática, para a partir daí começar a gerar idéias próprias.

- O funcionário novo costuma estar altamente motivado. O que tolhe sua criatividade é a arrogância que tenta encobrir sua insegurança. Já vi muito estagiário se comportar como dono da verdade, repetindo seus professores ou livros até ser considerado chato e "bola-fora", comenta Gisela Kassoy.



 
Referência: rh.com.br
Autor: Patrícia Bispo
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